INE confirma abrandamento económico no arranque de 2018. PIB cresceu 0,4%
O INE confirmou esta quarta-feira que, no primeiro trimestre, o PIB cresceu menos do que na reta final do ano passado. Exportações estiveram na origem desta travagem.
A economia portuguesa perdeu força no primeiro trimestre do ano, confirmou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). O PIB aumentou 0,4% em relação ao final de 2017 e 2,1% face ao mesmo período do ano anterior.
No final do ano passado, a economia cresceu 0,7% em cadeia e 2,4% em termos homólogos.
O Governo prevê que o PIB cresça 2,3% no conjunto do ano. Esta terça-feira, o Fundo Monetário Internacional reviu em baixa a previsão de crescimento para este ano em uma décima, alinhando-a com a do Executivo, depois de os dados preliminares para a economia portuguesa no primeiro trimestre, divulgados a 15 de maio pelo INE, terem apontado para um abrandamento.
Já esta quarta-feira, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) fez uma nova previsão para a economia portuguesa, revindo também em baixa em uma décima a taxa de variação do PIB, desta vez para 2,2%.
Apesar de um início do ano com o pé no travão, o Governo acredita que a economia vai acelerar no resto do ano.
Exportações perderam força no primeiro trimestre
O abrandamento da economia no início do ano foi explicado pela procura externa, nomeadamente pelo comportamento das exportações de bens e serviços.
“A procura externa líquida apresentou um contributo negativo (-0,3 pontos percentuais (p.p.)), contrariamente ao observado no quarto trimestre (contributo de 0,5 p.p.), verificando-se um aumento das importações totais e uma variação nula das exportações totais. O contributo da procura interna aumentou para 0,8 p.p. (0,3 p.p. no trimestre anterior), em resultado do crescimento mais intenso do consumo privado e do investimento.”
A conjugação destes dois contributos resultou num aumento de 0,4% no PIB em cadeia.
Também quando se analisa a evolução da economia face ao mesmo período do ano anterior, a procura externa surge como o principal motivo para um crescimento mais fraco, de 2,1% contra 2,4% no final do ano passado.
“O contributo da procura externa líquida diminuiu para -0,4 p.p. (-0,1 p.p. no 4º trimestre), verificando-se uma desaceleração das exportações de bens e serviços em volume mais acentuada que a observada nas importações de bens e serviços”, revela o INE.
“O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB aumentou de forma ténue no primeiro trimestre, para 2,6 p.p. (2.5 p.p. no trimestre anterior), com as três componentes a evoluírem no mesmo sentido”, adianta o instituto estatístico. O consumo privado aumentou 2,1% em termos homólogos, mais 0,1 p.p. que no trimestre anterior, enquanto o consumo público apresentou uma variação homóloga de 0,3% (0,2% no trimestre anterior). O investimento acelerou, passando de um crescimento homólogo de 6,4% no 4º trimestre para 6,6%.
(Notícia atualizada)
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