Dividendos no BCP no próximo ano? “Seria muito bom”, diz Sonangol
A Sonangol, o segundo maior acionista do BCP, está satisfeita com a evolução do banco. Mas quer mais, incluindo o pagamento de dividendos.
A Sonangol está satisfeita com a evolução do BCP. Mas pede mais. O representante da empresa no banco, Carlos Saturnino, afirma, após a assembleia-geral de acionistas que elegeu a nova administração, que espera que o banco dê um salto e alcance resultados “melhores e maiores” de maneira a começar a devolver dividendos aos investidores.
“Seria muito bom. Até se fosse este ano”, refere Saturnino questionado à porta da assembleia-geral de acionistas do BCP sobre a possibilidade de a instituição financeira vir a devolver os retornos. O representante da Sonangol pede, por isso, que o banco continue numa reta de recuperação da rentabilidade.
“Para o ano esperamos que, no fim deste exercício, os resultados sejam melhores e maiores. E, pelo que estamos a ver, a tendência caminha para tal”, nota Carlos Saturnino, mostrando-se otimista em relação à evolução das contas da entidade.
Miguel Maya, o novo CEO do BCP, vê este pedido do acionista com normalidade. “A Sonangol teve um papel muito importante na estabilização do banco”, por isso é “normal que os acionistas que fizeram esse esforço peçam mais”, refere o gestor à saída da assembleia-geral.
Quanto à possibilidade de a Sonangol vir a reforçar a participação no BCP, a Sonangol refere que isso não está neste momento em cima da mesa. “Essa decisão não está tomada. A própria Sonangol está num programa de regeneração. Com base nisso, vamos adaptar a estratégia”, afirma.
Foi no final do ano passado que a Sonangol deixou expirar o prazo para reforçar a posição acima dos 20%. “Estamos satisfeitos por sermos a segunda força. Isso não é mau”, diz o representante da empresa. A Sonangol tem, neste momento, 19,49% no capital do BCP, enquanto a Fosun, o maior acionista, tem 27,06%.
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