António Ramalho alerta que plano de reestruturação ainda vai “custar tempo e dinheiro”
O presidente do Novo Banco está satisfeito com o regresso do banco aos lucros. Mas admite que o trabalho não acabou, reconhecendo que o plano de reestruturação ainda vai "custar tempo e dinheiro".
O presidente do Novo Banco está satisfeito com o regresso do banco aos lucros. Mas admite que o trabalho não acabou. António Ramalho reconhece que o plano de reestruturação vai “custar tempo e dinheiro”, sublinhando que tem o foco virado para uma “recuperação sustentável” e não para “lucros imediatos”.
“Apesar do resultado positivo, o banco continuará a dar total prioridade ao seu plano de reestruturação”, afirma António Ramalho, depois de o Novo Banco ter regressado aos lucros nos primeiros três meses do ano. Registou um resultado positivo de 60,9 milhões de euros, em comparação com o prejuízo de 130,9 milhões no período homólogo.
“Este plano vai-nos custar tempo e dinheiro”, alerta o presidente do Novo Banco, uma vez que “queremos reduzir a nossa carteira de NPLs (crédito vencido), reduzir o custo do nosso passivo de mercado e reduzir os nossos ativos não estratégicos”. Entre março de 2017 e março de 2018, o crédito malparado caiu de 11.180 milhões de euros para 9.301 milhões de euros. Ou seja, uma queda de 16,8% entre os dois períodos.
"Este plano vai-nos custar tempo e dinheiro. Queremos reduzir a nossa carteira de NPLs (crédito vencido), queremos reduzir o custo do nosso passivo de mercado e queremos reduzir os nossos activos não estratégicos.”
Segundo o gestor, estes objetivos de longo prazo “ainda vão afetar a nossa rentabilidade por mais algum tempo”. É, por isso, necessário que os resultados sejam sustentáveis antes de se considerar que o Novo Banco conseguiu regressar à rentabilidade. “No Novo Banco, estamos focados na recuperação sustentável e não nos lucros imediatos”, afirma Ramalho.
“Francamente positivo é a contínua redução de custos e sinais de estabilização da margem bancária ainda com sinais de alguma redução da margem financeira e com aumento da receita de serviços”, remata o presidente da instituição financeira que foi vendida aos norte-americanos do Lone Star em outubro.
(Notícia atualizada às 18h46 com mais declarações)
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