Portugal obtém 1.250 milhões em dívida de curto prazo. Continua a beneficiar de taxas negativas

Portugal regressou aos mercados para emitir dívida de curto prazo. Colocou o máximo pretendido, novamente a taxas negativas, mas a três meses os juros subiram. A 11 meses, a taxa foi ainda mais baixa.

Portugal regressou aos mercados para emitir dívida de curto prazo. Colocou o máximo pretendido, novamente a taxas negativas, mas a três meses os juros subiram. A 11 meses, a taxa foi ainda mais baixa.

O montante indicativo global era entre mil milhões e 1.250 milhões de euros, a obter através de dois leilões de bilhetes do Tesouro, a três e a 11 meses. A agência que gere a dívida pública portuguesa acabou por conseguir o montante máximo pretendido.

Na emissão a três meses, a entidade liderada por Cristina Casalinho colocou 300 milhões de euros, tendo a taxa de juro ficado em -0,399%. No último leilão comparável, realizado a 18 de abril, a taxa foi mais baixa: -0,43%.

Já no prazo a 11 meses, o Tesouro conseguiu 950 milhões de euros, operação onde a taxa de juro se situou nos -0,29%. Ou seja, foi ainda mais negativa quando comparada com os juros de -0,272% conseguidos na última emissão comparável, segundo os dados da Reuters.

A evolução distinta dos juros obtidos nas duas maturidades reflete o diferente nível de procura registado. Enquanto na colocação a três meses a procura caiu, na maturidade a 11 meses os investidores tiveram mais interesse. No primeiro caso, a procura foi de 2,93 vezes a oferta (vs 3,1 vezes no último leilão), enquanto no segundo caso esta fixou-se em 2,08 vezes (vs 1,65 vezes).

Este duplo leilão acontece precisamente uma semana depois de o Tesouro ter ido ao mercado colocar dívida, mas de longo prazo, operação que resultou num custo mais elevado para Portugal face à emissão anterior comparável. Tratou-se também de um duplo leilão de Obrigações do Tesouro a cinco e dez anos, onde o IGCP conseguiu angariar mil milhões de euros de financiamento. No prazo a dez anos, a taxa de juro foi de 1,919%, sendo de 0,746% a cinco anos.

(Notícia atualizada às 11h07 com mais informação)

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