Greve na Noruega põe petróleo a caminho dos 80 dólares
Os preços do "ouro negro" estão a subir. Mas não à custa dos esforços da OPEP. É uma paragem da produção na Noruega que está a dar um novo fôlego às cotações da matéria-prima.
Os preços do petróleo estão a subir. Uma valorização que não se deve aos esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para reduzir o excesso de matéria-prima no mercado, mas sim a uma paragem da produção na Noruega. Os trabalhadores das plataformas do país vão entrar em greve, o que está a dar um novo impulso às cotações do “ouro negro” rumo aos 80 dólares.
Neste contexto, o Brent, negociado em Londres, está a valorizar 0,79% para 78,69 dólares, atingindo um máximo de duas semanas, aproximando-se cada vez mais da fasquia dos 80 dólares por barril. Do outro lado do Atlântico, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, avança 0,49% para 74,21 dólares.
Noruega leva petróleo a subir
Centenas de trabalhadores das plataformas offshore de petróleo e gás da Noruega devem entrar em greve esta terça-feira, depois de rejeitarem um acordo salarial proposto. Uma medida que deverá afetar pelo menos um campo de petróleo da Shell, em Knarr. Ou seja, haverá menos produção da matéria-prima no Mar do Norte, o que está a puxar pelos preços.
Apesar desta diminuição na oferta norueguesa, o impacto nas cotações deverá ser travado pelo acordo entre a Arábia Saudita e os seus aliados, incluindo a Rússia, para aumentarem a produção da matéria-prima. O objetivo foi compensar uma quebra no Irão e responder à procura global que não para de crescer.
“No fim de contas trata-se da capacidade disponível dentro da OPEP (…) e os mercados começaram a concentrar-se nisso”, disse Victor Shum, vice-presidente para energia da IHS em Singapura, citado pela Reuters.
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