Estado paga mais a ex-diretores do BPN do que a Marcelo ou Costa

  • ECO
  • 17 Julho 2018

De acordo com a auditoria da Inspeção Geral das Finanças à Parvalorem, além dos salários, há ainda "falhas processuais" em matéria de "análise da carteira de crédito e dos perdões de dívida".

Os ex-gestores do BPN recebem mais do Estado do que o próprio Presidente da República ou o primeiro-ministro, de acordo com o relatório final da auditoria da Inspeção Geral das Finanças (IGF) à Parvalorem, adianta o Público (acesso condicionado). Um dos problemas encontrados está na tabela salarial, onde constam duas pessoas a receber mais de dez mil euros mensais: Armando Pinto e Carlos Venda.

A auditoria levada a cabo pela IGF alerta para falhas na tabela salarial que vigora na Parvalorem, o veículo público que gere cerca de três mil milhões de euros de ativos tóxicos do BPN, com dois diretores com vencimentos em torno dos 12,6 mil euros: Armando Pinto, diretor de assuntos jurídicos entre 1989 e 2002 do BPN que, atualmente, exerce o mesmo cargo na Parvalorem; e Carlos Venda, responsável pela área de Tecnologias de Informação e Logística, em ambas as entidades.

Estes valores comparam com o salário de Marcelo Rebelo de Sousa, que aufere 6.700 euros brutos mensais, mais 25% em despesas de representação, num total de 8.375 euros. No bolo dos salários da Parvalorem, destaque ainda para 13 quadros com remunerações entre os cinco e os dez mil euros, valores acima do que recebe António Costa — 4.900 euros.

Para além disso, o relatório revela ainda um padrão de atuação com falhas diversas na Parvalorem que, apesar do seu estatuto de empresa pública, esta não submeteu ao Tribunal de Contas (TC) “aquisições de bens e serviços superiores ao limite fixado de 350 mil euros“. Somadas estão também “falhas processuais” em matéria de “análise da carteira de crédito e dos perdões de dívida”.

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