Aumento da procura de imóveis impulsiona resultados da Century 21
A Century 21 Portugal registou no primeiro semestre deste ano um aumento de 30% na faturação, na comparação homóloga, para um total de 19,3 milhões de euros.
A Century 21 Portugal registou no primeiro semestre deste ano um aumento de 30% na faturação, na comparação homóloga, para um total de 19,3 milhões de euros, informou a empresa imobiliária.
A empresa informou ainda que o volume de negócios mediado exclusivamente por si subiu, até junho, 34% para os 462,1 milhões de euros, enquanto o volume de negócios total em que a rede esteve envolvida ultrapassou os 770 milhões de euros (+180 milhões de euros na comparação com o primeiro semestre de 2017).
Entre janeiro e junho, a Century 21 realizou 5.688 vendas de imóveis (+17%), com o valor médio dos imóveis transaccionados a aumentar 11% para os 135,4 mil euros, a nível nacional.
Este aumento foi justificado pelo “acréscimo dos preços dos imóveis nos mercados periféricos – e nos segmentos médio e médio baixo – em consequência do aumento da procura de soluções de habitação, nestas zonas”, acrescentou a empresa.
A maior procura é por casas T2 e T3, por “famílias portuguesas de classe média e incide, principalmente, em imóveis dos segmentos médio e médio baixo, tendo em conta a real capacidade financeira deste grupo demográfico”, refere.
Já em termos de arrendamento, a rede imobiliária registou 1.009 transações, numa queda de 3%, numa confirmação da tendência neste setor desde 2014, e um valor médio, a nível nacional, de 653 euros (-4%).
Porém, no distrito de Lisboa o valor médio das transações de arrendamento subiu para 883 euros e na cidade de Lisboa atingiu os 1.040 euros.
Citado em comunicado, o presidente executivo da rede, Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal, comentou que “a oferta atual do mercado de arrendamento não é suficiente, nem adequada, para dar resposta às necessidades e capacidades económicas dos portugueses”, pelo que muitos jovens estão a decidir comprar casa mesmo numa “fase da vida em que ainda enfrentam grandes indefinições, a nível pessoal e profissional”.
“As recentes políticas de habitação para estimular o arrendamento, apesar de bem-intencionadas, estão muito focadas em soluções de curto prazo. É necessária uma reflexão mais profunda sobre este tema, que também envolva os operadores, que possam dinamizar soluções de oferta para o mercado de arrendamento, para se criarem orientações que incentivem mudanças estruturais de longo prazo”, acrescentou.
Nesta apresentação de resultados semestrais, a Century 21 revelou ainda que o segmento internacional representa cerca de 20% do total das suas transacções da rede imobiliária.
“Entre janeiro e junho deste ano, foram efetuadas 1.138 transacções de clientes internacionais, que cresceram 15,4% face às 986 registadas nos primeiros seis meses de 2017. Os mercados internacionais com posição mais relevante na aquisição de imóveis em território nacional foram a França, Brasil, Reino Unido e Bélgica”, segundo a empresa.
Estes clientes procuram sobretudo imóveis até 300 mil euros, tipologias T2, nas regiões de praia e centros históricos de Lisboa, Porto e outras cidades do país.
Nos centros de Lisboa, Porto e na Linha de Cascais, o valor atinge os 500 mil euros, pelo que tem havido procura de casas “noutros mercados, num raio de 150 a 200 quilómetros dos aeroportos nacionais”.
“Os clientes internacionais valorizam o “lifestyle” que o país oferece, a qualidade da construção, as modernas infraestruturas e o valor competitivo do imobiliário em Portugal, comparativamente com outros países”, referiu Ricardo Sousa.
Neste semestre, em termos de tendências de mercado, a rede imobiliária notou a “maior dinâmica de transações” nas zonas periféricas das cidades, ou seja nos locais onde o “acesso ao crédito à habitação tem uma maior influência no número de transações, e onde o valor médio dos imóveis está mais ajustado ao rendimento disponível das famílias portuguesas”.
“A conjunção destes fatores influencia as atuais dinâmicas do setor imobiliário nacional, e permite concluir que o poder de compra da maioria dos portugueses não suporta os níveis de preços da habitação, nos centros das maiores cidades nacionais”, acrescentou a Century 21.
O preço desejado pelos portugueses situa-se entre os 75 mil e os 200 mil euros, segundo o CEO da empresa.
A empresa comentou ainda a “clara apetência por metodologias de construção mais sustentáveis e ecológicas, com recurso a tecnologias de construção avançadas, que permitem reduzir tempos de obra e diminuir custos de construção”.
A rede Century 21 aumentou para 110 o número de lojas em operação, a nível nacional, inaugurando até junho 10 unidades.
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