Pereira Coutinho negoceia venda da Siva à Volkswagen. Ações disparam 30%
A delicada situação financeira da SAG levou Pereira Coutinho a negociar a venda da SIVA à distribuidora alemã Porsche Holding, detida pela Volkswagen. Negócio deverá ficar fechado em setembro.
A SAG está em negociações avançadas para vender a SIVA à Porsche Holding Salzburg, detida a 100% pela fabricante alemã Volkswagen, avança esta sexta-feira o Jornal Económico (acesso pago). O negócio deverá ficar fechado em setembro, no entanto, em comunicado ao mercado a SAG diz que ainda não foi tomada qualquer decisão.
“Não obstante decorrerem conversas exploratórias com potenciais investidores e outros stakeholders, não existe, à presente data, qualquer decisão ou acordo a esse respeito que deva ser objecto de divulgação pública, nem garantia de que tal venha a existir no futuro”, diz a empresa em comunicado enviado ao mercado.
A notícia deixou os investidores confiantes, e as ações da SAG Gest a disparar quase 30%: valorizam 29,88% para 0,163 euros. Já foram negociados cerca de 340 mil títulos da cotada, bem acima da média diária de negociação 40 mil títulos do último ano.
A venda desta distribuidora portuguesa tem como objetivo resolver alguns dos problemas financeiros atualmente sentidos pela holding de João Pereira Coutinho. Além disso, a concretizar-se, fará com que a maior distribuidora europeia de automóveis passe a colocar diretamente no mercado português as marcas que são hoje importadas pela SIVA: Volkswagen, Audi, Skoda, Lamborghini e Bentley.
De acordo com o mesmo jornal, ainda não está, contudo, fechado o modo como a SIVA irá ser integrada no grupo alemã, nem se será vendido apenas a subsidiária ou a SAG na sua totalidade. Fonte conhecedora do processo revelou que em cima da mesa pode ainda estar uma terceira opção: uma participação minoritária da SAG na SIVA.
A delicada situação financeira da SAG tem afetado o negócio da sua distribuidora, que não tem conseguido importar automóveis suficientes para fazer face à procura existente no mercado nacional. Esta situação está a afetar não só os concessionários, mas também os seus funcionários, que ganham à comissão aquando da entrega da viatura ao cliente.
Estes constrangimentos estão também refletidos na diminuição das vendas dos automóveis das marcas Audi, Volkswagen e Skoda — de 36,4%, 22,5% e 27,8%, respetivamente — no primeiro semestre no ano. No mesmo período, as vendas das viaturas ligeiras novas dispararam quase 6%, segundo os dados da Associação Automóvel de Portugal.
(Notícia atualizada às 12h16 com cotações)
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