Câmaras do Centro querem pagar aeroporto na região

A Câmara Municipal de Coimbra vai entregar ao Governo, em setembro, dois estudos sobre a expansão do aeródromo municipal e sobre a construção de um aeroporto de raiz para servir a região centro. O objetivo é ajudar o Executivo a escolher a melhor opção. Em ambos os casos, Manuel Machado garante que o projeto não vai pesar sobre o Orçamento do Estado já que os encargos serão suportados pelo próximo quadro comunitário de apoio, o Portugal 2030, e pelas câmaras municipais envolvidas numa lógica de partilha de responsabilidades, avança esta segunda-feira o Jornal de Negócios (acesso pago).

A reconversão do aeródromo municipal de Coimbra Bissaya Barreto, teria um custo de dez a 12 milhões de euros. É a universidade de Coimbra que está a fazer o estudo de uma obra que permitiria aumentar a pista de 920 metros para pelo menos 1.400. Atualmente “a gestão e manutenção do aeródromo tem um custo anual de meio milhão de euros e uma rentabilidade de zero”, disse o presidente da Câmara de Coimbra ao Jornal de Negócios. É, por isso, que o edil está disposto a realizar o investimento necessário para assegurar retorno para a “cidade e para a região”. Recorde-se que a ideia de ter um aeroporto em Coimbra foi defendida pelo também presidente da Associação Nacional de Municípios na campanha eleitoral das autárquicas e, o Público avançouque a eventual localização de um aeroporto em Coimbra deverá ser discutida em setembro, numa das reuniões do executivo municipal.

A outra alternativa sobre a mesa passa pela construção de uma nova infraestrutura aeroportuária que servisse Coimbra-Leiria/Fátima. Neste caso o estudo foi encomendado a uma equipa de que faz parte a Conprojur, ligada a Manuel Queiró, ex-deputado do CDS e ex-presidente da CP, avança o Negócios, acrescentando que esta é a hipótese com maior viabilidade, que os 19 municípios da zona centro “são favoráveis à ideia”, apesar de nada estar decidido, e que esta seria uma solução mais ambiciosa, com uma pista maior e uma maior abrangência territorial, a desenvolver em duas fases.

O Executivo não se pronunciar sobre estas intenções.