PSD denuncia “falta de coordenação” no combate ao incêndio de Monchique. Critica “falta de recato” do Governo
Para o PSD, os trabalhos de combate ao incêndio de Monchique sofreram de "falta de coordenação e estratégia". David Justino acusa ainda o Governo de "falta de recato e humildade".
O combate às chamas que lavraram em Monchique, no Algarve, sofreu de uma “evidente falta de coordenação e estratégia”. Quem o diz é David Justino, vice-presidente do PSD. Esta manhã, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3, o político aproveitou para criticar a “falta de recato e humildade” do primeiro-ministro e acusar o Governo de “grande precipitação”, até porque a época de fogos ainda agora começou e ninguém sabe “o que nos espera”.
“Se para o Governo está tudo bem, o que será então quando tudo correr normalmente? Será de temer o pior. Este Governo não tem ambição de fazer bem, contenta-se com o mal, sugerindo sempre que poderia ter sido pior“, salientou Justino, considerando despropositadas as “manifestações de júbilo e de vitória” feitas pelo Executivo face à ausência de vítimas mortais.
O social-democrata acusou ainda o Governo de “falta de recato, humildade e uma grande precipitação”, notando que a época de fogos ainda agora começou (já que o país está a viver um Verão tardio) e que, portanto, não se sabe o que “nos espera”.
Ainda nesse sentido, o vice-presidente do PSD deixou um recado ao Executivo: “Concentrem-se mais em resolver os problemas do país e menos em fazer campanha eleitoral, que ainda vem longe”.
Quanto aos trabalhos de combate ao incêndio de Monchique, David Justino denunciou uma “falta evidente de coordenação e estratégia”, referindo que apesar de não terem faltado meios, nem todos foram usados eficientemente. “Houve estratégia de comunicação a mais e estratégia de combate a menos”, atirou ainda David Justino, referindo-se às fotografias do primeiro-ministro nas redes sociais a demonstrar que, mesmo de férias, António Costa estava a acompanhar o desenrolar dos acontecimentos em Monchique.
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Por fim, o vice-presidente do PSD mostrou-se “disponível” para “encontrar soluções”, “agilizar processos” e “viabilizar medidas” para evitar prolongar o sofrimento das populações. É importante que “a burocracia não atrase o que tornou urgente”, acrescentou o político.
“Saibamos sem triunfalismos evitar que se multipliquem as ditas exceções”, concluiu Justino em referência às declarações de António Costa, que disse que este incêndio foi a exceção que confirma o sucesso do trabalho que tem sido feito.
O incêndio que lavrou em Monchique, no Algarve, foi dominado na sexta-feira, oito dias depois de ter começado. No total, foram afetados mais de 28 mil hectares, o que coloca Portugal no topo dos países da Europa com mais área ardida. No último balanço feito, o número de feridos foi atualizado para 41, um em estado grave. Entre os feridos civis, 22 são bombeiros.
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