Brexit: empresas de serviços financeiros europeias continuam a ter acesso ao mercado britânico mesmo sem acordo

  • Lusa
  • 23 Agosto 2018

O governo britânico publicou notas com conselhos aos britânicos e às empresas para uma eventual saída da UE sem acordo. De forma a manter a estabilidade, o Reino Unido fará algumas concessões.

O Reino Unido vai aceitar algumas regras da União Europeia (UE) e manter o acesso das empresas de serviços financeiros europeias ao mercado britânico para manter a estabilidade no caso “improvável” de uma saída sem acordo.

As medidas foram anunciadas esta quinta-feira pelo ministro para o ‘Brexit’, Dominic Raab, no dia em que o Governo britânico publica 25 notas técnicas, de um total de 80, com conselhos aos britânicos e às empresas para uma eventual saída da UE, programada para 29 de março de 2019, sem acordo.

“O nosso principal objetivo é facilitar a continuidade e o bom desenvolvimento dos negócios, dos transportes, das infraestruturas, da investigação, dos programas de ajuda e dos fluxos financeiros”, disse o ministro, num discurso em Londres.

“Em alguns casos, isso significa tomar medidas unilaterais para manter a maior continuidade possível a curto prazo em caso de ausência de acordo e mesmo que a UE não o faça do seu lado”, acrescentou.

As empresas de serviços financeiros dos países da UE vão ser autorizadas a continuar a operar no Reino Unido durante até três anos, mas o Governo britânico não garante que o inverso ocorra, segundo as notas.

Os consumidores britânicos devem contudo preparar-se para pagar o crédito mais caro na compra de produtos da UE e os que vivem no estrangeiro podem perder o acesso às suas contas bancárias no Reino Unido, segundo a imprensa britânica, que teve acesso às notas com embargo.

“As pessoas e as empresas não devem ficar alarmadas” com o planeamento do pós-‘Brexit’, lê-se nos documentos.

O país, disse Raab, está determinado a “gerir os riscos e abraçar as oportunidades” da saída da UE e continua a trabalhar para chegar a um acordo, mas tem a obrigação de preparar uma eventual saída sem acordo.

“Não é o que queremos, não é o que esperamos, mas temos de estar preparados”, disse.

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