Portugueses só têm 10 dias para subscrever OTRV
Quer subscrever a nova emissão de dívida para o retalho? Então, despache-se. É que desta vez o Governo só dá 10 dias úteis. Nas anteriores, o prazo era de 15.
Está aí uma nova emissão de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV). Mas, desta vez, os portugueses que pretendem aplicar as suas poupanças nestes títulos de dívida pública terão de ser rápido a colocar as ordens de subscrição. O prazo dado pelo Governo encolheu. Em vez de 15, os aforradores têm apenas dez dias úteis.
Arranca no dia 14 novembro o prazo de subscrições da nova emissão. E termina a 25 de novembro. Contas feitas, são dez dias úteis para que os portugueses subscrevam títulos no valor total de 500 milhões de euros. Na emissão de abril o prazo foi de 15 dias úteis, o mesmo que foi dado para a subscrição na operação realizada em julho.
São menos dias para subscrever que levarão a uma “corrida” dos investidores a este produto de poupança que, desta vez, apresenta uma taxa bruta de 2%, a mais baixa das três operações com OTRV. Na base do prazo mais curto está o facto de nas operações anteriores o valor da emissão ter sido totalmente subscrito logo nos primeiros dias.
“Nas emissões anteriores verificou-se que a procura se concentra de forma muito significativa nas duas primeiras semanas. Daí, o presente encurtamento do período de subscrição”, refere fonte oficial das Finanças ao ECO.
O Governo pretende encaixar 500 milhões de euros com esta nova operação, mas abre a porta a uma revisão em alta do valor a emitir tal como o fez nas anteriores emissões. A meta em abril era de 350 milhões mas o valor colocado disparou para 750 milhões de euros. Em julho, o total era de 500 mas ascendeu a 1.200 milhões de euros.
Nas emissões anteriores verificou-se que a procura se concentra de forma muito significativa nas duas primeiras semanas. Daí, o presente encurtamento do período de subscrição
Só com OTRV, o Estado já obteve 1.550 milhões de euros de financiamento junto de pequenos investidores. Este montante soma-se aos 2.566 milhões já captados até setembro com os certificados do Tesouro Poupança Mais e aos 160 milhões com certificados de aforro. Assim, no total, só com as famílias, o Governo já captou 4.116 milhões. Com esta emissão, o saldo pode crescer para 4.616 milhões.
(Notícia atualizada com a resposta das Finanças ao ECO)
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