Não houve duas sem três. Bolsa de Lisboa caiu pela terceira vez
Mota-Engil apresentou subida dos lucros mas não animou investidores. Os títulos da construtora apresentaram o pior desempenho na praça portuguesa num dia de ganhos para o Benfica.
Diz que o ditado que não há duas sem três. Foi o que aconteceu com a bolsa de Lisboa, que encerrou com perdas pela terceira sessão consecutiva. Lá fora, os principais índices europeus não fizeram melhor figura.
O PSI-20, o principal índice português, caiu 0,6% para 5.462,73 pontos. Foram 13 as cotadas que fecharam a sessão desta quinta-feira em terreno negativo, com destaque para os pesos pesados nacionais BCP e Jerónimo Martins: o banco caiu 0,82% para 0,2532 euros e a retalhista perdeu 1,63% para 13,00 euros.
O pior desempenho pertenceu à Mota-Engil: as ações da construtora caíram 2,1% para 2,80 euros. Esta manhã, a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins apresentou uma subida de 24% do lucro para 5,7 milhões de euros, tendo prometido voltar a distribuir dividendos.
“O PSI-20 encerrou o dia em baixa, penalizado pela envolvente negativa externa. A Jerónimo Martins prolongou a recente correção, iniciada no início desta semana. A fraqueza dos bancos italianos e espanhóis influenciou negativamente as ações do BCP“, explicaram os analistas do BPI.
Fora do índice de referência, as ações do Benfica voaram mais alto após a vitória na Grécia ter qualificado a equipa de futebol para a fase de grupos da Liga dos Campeões. Em termos monetários, a presença na Champions significa um cheque de 43 milhões de euros nos cofres das águias. Em reação, os títulos da SAD benfiquista valorizaram mais de 6% para 2,38 euros.
Águias voam na bolsa
Na Europa, o dia não foi positivo. Praças como Madrid e Milão foram mais castigadas por causa da instabilidade na Turquia e na Argentina e cederam mais de 1%. O Stoxx 600, o índice de referência no Velho Continente, caiu 0,3%.
Tanto a moeda turca como argentina estiveram sob pressão esta quinta-feira. Na Turquia, foi a queda da confiança económica para mínimos de 2009 a minar o sentimento dos investidores. No caso da Argentina, a notícia de que o Presidente Macri está a negociar um empréstimo de 50 mil milhões de dólares com o FMI acabou por penalizar a sua divisa.
“Estes dois eventos, embora não correlacionados, incidiram sobretudo nos títulos mais expostos a estas duas economias. Neste sentido, como os bancos espanhóis BBVA e Santander, assim como a Telefónica foram particularmente visados pelas vendas dos investidores”, referiu o BPI.
(Notícia atualizada às 16h58)
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