Acordo com Canadá treme. Bolsas norte-americanas prolongam perdas

Atraso nas negociações entre o Canadá e os Estados Unidos, bem como novas tensões com a China, estão a condicionar o desempenho dos mercados acionistas.

Donald Trump apontou para esta sexta-feira como o prazo para chegar a um entendimento com o Canadá e fechar um novo acordo comercial para a região da América do Norte, mas os dois países continuam em negociações e o prazo poderá ter de ser alargado. As bolsas norte-americanas voltam, assim, a abrir em baixa na última sessão da semana, prolongando as quedas que registaram na quinta-feira.

O índice de referência S&P 500 está a negociar abaixo da linha de água, a cair 0,07%, para os 2.899,09 pontos. Já o industrial Dow Jones perde 0,16%, para os 25.945,62 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq contraria a tendência e sobe 0,16%, para os 8.101,53 pontos.

Apesar das quedas registadas nestas últimas sessões, os principais índices norte-americanos preparam-se para fechar o mês de agosto com ganhos expressivos. O S&P deverá valorizar cerca de 3% no conjunto deste mês e o Dow Jones deverá subir também perto de 3%, valores que, em ambos os casos, representam os melhores desempenhos num mês de agosto desde 2014. Já o Nasdaq prepara-se para fechar o mês com uma subida superior a 5%.

Por esta altura, canadianos e norte-americanos continuam em negociações, mas os responsáveis do Canadá antecipam agora que o acordo final poderá não ficar fechado ainda esta sexta-feira, de acordo com a imprensa do país.

A penalizar os mercados estão ainda as últimas notícias relativas à tensão entre os Estados Unidos e a China. Na quinta-feira, a Bloomberg avançou que Donald Trump terá a intenção de avançar com tarifas sobre 200 mil milhões de dólares de produtos importados da China, já na próxima semana. Atualmente, estão já em vigor tarifas sobre produtos avaliados em 50 mil milhões de dólares, mas Trump quer alargar o leque de bens chineses que serão taxados. Confirmando-se este plano, a China passa a ter 250 mil milhões de dólares de bens que exporta para os Estados Unidos taxados de forma mais pesada.

A China, por seu lado, responderá com tarifas entre os 5% e os 25% sobre produtos importados dos Estados Unidos, avaliados em 60 mi milhões de dólares, caso a administração de Donald Trump decida avançar com estas taxas.

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