Rui Rio responde aos críticos dentro do partido: “Levei os mandatos sempre até ao fim”

Líder do PSD disse esta tarde, no Algarve, que é uma questão de tempo para que mais portugueses detetem os defeitos e os limites da atual solução governativa.

Rui Rio diz que sempre levou os mandatos até ao fim e que, quem tem dúvidas das razões pelas quais aceitou o cargo de liderança do partido, “um dos mais difíceis”, pense que a razão fundamental é o país. Desta forma, o líder dos sociais-democratas respondeu às críticas dentro do partido, em discurso feito esta tarde na Festa do Pontal, no Algarve, que marca a rentrée do PSD.

“Eu vim para este lugar, não por mim nem pelo partido, mas pelo país. E vão encontrar aí o sentido do que estou a fazer”, disse. “Ao contrário do que muitos dizem, este Governo não tem a vida tão facilitada até às legislativas de 2019. Não está que eu ando cá há muitos anos. Só terá se nós quisermos. E não posso aceitar que, quem está dentro do PSD, esteja todos os dias da semana, até ao domingo, a proteger internamente e a tentar salvaguardar as vitórias do Partido Socialista”, criticou, acrescentando que se trata de “táticas ao serviço de interesses pessoais”.

Rio está confiante no futuro. O líder do Partido Social Democrata diz que, com o tempo, mais portugueses vão conseguir detetar “limites e defeitos desta governação” o que, segundo o portuense, pode ser uma vantagem competitiva num ano com três atos eleitorais.

“Temos pela frente um ano extraordinariamente importante, mais do que difícil”, disse, acrescentando: “O nosso objetivo é ganhar as três eleições. Para isso precisamos de unidade, de lealdade e de companheirismo. A governação que temos tem os seus defeitos mas isso não quer dizer que os portugueses, com o tempo cada vez mais portugueses vão aperceber-se dos limites e dos defeitos desta governação. Temos à nossa frente um caminho que nos é favorável.”

No Algarve, no rescaldo do jogo de futebol que reuniu militantes do PSD antes do arranque político de setembro, Rui Rio disse que o encontro é “um verdadeiro Pontal, algo genuíno e tradicional”. “Não estamos a fazer uma montagem para uma televisão mas uma coisa sincera, tradicional e genuína, mais do que estar numa praça apenas para uma imagem de televisão”.

“O que estamos a fazer é uma festa do Partido Social Democrata, e há diversas razões para ser assim: queremos uma festa do povo e para o povo, um convívio genuíno, como no tempo de Sá Carneiro. É isto que gosto de ver e de montar”, disse ainda.

Outra razão apontada por Rio para o evento deste sábado são as dificuldades financeiras do partido. “Temos dívidas junto de fornecedores. Não faz sentido fazer uma festa e gastar imenso dinheiro e, à porta, ter os fornecedores à espera (…) Não é correto e não é o que este partido se orgulha de ter feito também no país. Vamos continuar com esse orgulho também cá dentro”, sublinhou.

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