PCP pede que redução dos passes em Lisboa seja acompanhada de mais investimento
O PCP considerou que a redução dos passes sociais em Lisboa, uma medida proposta pelo presidente da Câmara de Lisboa ao Governo para o Orçamento do Estado, tem de ser acompanhada de investimento.
O PCP considerou este sábado que a redução significativa dos passes sociais em Lisboa, uma medida proposta pelo presidente da Câmara de Lisboa ao Governo para o Orçamento do Estado, tem de ser acompanhada pelo aumento do investimento.
“Esta proposta é capaz de atrair mais utentes para o sistema de transporte e de reduzir o recurso ao transporte individual. Mas esta componente não é única, é preciso outra e é muito importante que essa se concretize também. (…) É preciso que haja oferta, é preciso aumentar a oferta de transportes públicos”, afirmou Gonçalo Tomé, do Comité Central do PCP, à Lusa.
Segundo o dirigente comunista, ainda há poucos anos o PCP apresentou uma proposta de “redução significativa” do valor dos passes na área metropolitana de Lisboa que foi aprovada por todos os 18 municípios que a compõem. Contudo, acrescentou, em 2016, “foi rejeitada na Assembleia da República com votos contra do PS, PSD e CDS-PP”.
Gonçalo Tomé considerou que a proposta feita por Fernando Medina ao Governo é positiva, mas que tem de ser acompanhada de reforço do investimento no sistema de transportes públicos, depois de “décadas de desinvestimento” e sobretudo desde 2011 com uma “degradação grande do serviço”.
Em muitas regiões da área metropolitana de Lisboa, considerou, há mesmo um “recolher obrigatório”, nomeadamente à noite e aos fins de semana, devido à falta de oferta de transportes.
“É preciso reverter os cortes impostos na Carris, no Metro, na CP, na Transtejo, na Soflusa, nos TST. Estamos a falar de cortes enormes e com impactos na qualidade de vida e mobilidade das populações”, disse.
Em entrevista ao jornal Expresso, hoje publicada, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina anunciou que fez uma proposta ao Governo para que este inclua na proposta do Orçamento do Estado para 2019 uma medida para que o passe social não custe mais do que 30 euros por mês na cidade de Lisboa e 40 euros por mês nos 18 municípios da área metropolitana.
O custo desta proposta é estimado em 65 milhões de euros por ano.
Atualmente, na cidade de Lisboa, o passe social Navegante válido para a empresa de autocarros Carris e o Metro custa 36,70 euros por mês, gratuito para crianças até 12 anos e com descontos para pessoas com mais de 65 anos e universitários.
Contudo, os preços do passe combinado aumentam significativamente para quem vive fora de Lisboa e tem de usar outros transportes para chegar à capital, como comboio, barco ou outras rodoviárias. Em alguns casos, por mês, o passe fica bem acima de cem euros.
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