Mais de 100 milhões de euros cativados aos transportes ferroviários
As Finanças congelaram 100,4 milhões de euros aos transportes ferroviários. O valor representa mais de 16% do total de cativos atuais aplicados pelas Finanças.
As Finanças congelaram aos transportes ferroviários sob a tutela dos Ministérios do Planeamento e Infraestruturas (como a Comboios Portugal — CP — e a IP — Infraestruturas de Portugal –) e do Ambiente (os metros de Lisboa e Porto) 100,4 milhões de euros de despesa com aquisição de bens, serviços e projetos, de acordo com os dados da execução orçamental de abril, citados pelo Jornal de Negócios (acesso pago).
O valor representa mais de 16% do total de cativos atuais aplicados pelas Finanças, que ronda os 611,5 milhões de euros.
No caso do transporte ferroviário, os cativos atuais somam 75,3 milhões de euros, sendo que desde o início do ano não foi descativada nenhuma verba. Na ferrovia a cargo do ministro do Ambiente, Matos Fernandes, ou seja os metropolitanos, durante o ano, já foram desbloqueados dois milhões de euros face aos cativos iniciais, que eram de 27,1 milhões de euros, passando para os 25,1 milhões.
A CP além de confrontada com estas cativações tem uma reduzida execução ao nível do investimento — 4,7 milhões de euros. O montante representa 10,6% do bolo total que a empresa tem para investir este ano, revelou quarta-feira, o Dinheiro Vivo. Em 2017, o que aconteceu foi que a empresa de transporte apenas investiu 27% do valor global estabelecido para o ano.
Nos últimos anos, tanto a CP como o metropolitano de Lisboa, têm sido várias vezes referidos como exemplos da degradação do serviço. As necessidades de investimentos continuam a não ser respondidas, o que faz com que estas empresas sejam atualmente das que mais reclamações recebem, por parte dos utilizadores dos transportes.
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