RTP quer aumento da taxa de audiovisual em 2019
Gonçalo Reis, presidente da estação pública de televisão, defende que a RTP3 e Memória passem a ter publicidade no alargamento da TDT.
O presidente da RTP quer mais dinheiro para a estação pública, através da Contribuição para o Audiovisual (CAV). Gonçalo Reis diz, em entrevista ao Público (acesso condicionado), que a RTP tem dos financiamentos mais baixos da Europa e que tem sempre cumprido com os orçamentos pelo que é “fundamental que cada um cumpra o seu quinhão“.
Para Reis “a RTP está a prestar mais serviço público, ao Estado caberá ajustar a Contribuição para o Audiovisual (CAV) de acordo com a inflação tal como a lei estipula”.
Sobre o alargamento da TDT, para mais dois canais de desporto e de informação, o presidente da RTP considera “interessante o reforço da TDT. O cidadão tem mais escolha, a rede é mais valorizada”.
Questionado sobre se vai aproveitar esse alargamento para pedir ao Governo que permita publicidade na RTP3 e na RTP Memória, Reis responde: “Não sou eu quem tem que pedir, mas é o momento para ponderar por que é que os canais da RTP têm uma exceção negativa”.
Para Reis, a RTP, nos últimos anos “reconciliou-se com uma certa noção de serviço público, apostou em criatividade e em pensar fora da caixa”. Ainda assim adianta: “Temos de ter mais reportagem, investigação e presença capilar no país real, novos espaços de comentário e de debate”.
As transferências no mundo televisivo estiveram também em análise na entrevista. Reis diz que as mexidas mostram que “as televisões generalistas pesam e para quem via este setor em declínio é uma boa manifestação de vitalidade”. E adianta: “Não vamos gastar dinheiro numa apresentadora especialíssima, de maneira que coloque em causa a produção de documentários, de programas sobre conhecimento ou ciência”.
Ainda assim afirma: “Mas não vamos ficar parados a ver a banda a passar. Sei que o dinheiro conta, mas a RTP é hoje uma empresa muito atrativa, há uma certa noção de serviço público, de credibilidade e qualidade que pesa nas opções que muitos profissionais, apresentadores, comentadores, jornalistas, humoristas e músicos que fazem”.
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