Parlamento não satisfez táxis. Protesto na rua é para manter
Os dirigentes das associações dos táxis pedem aos taxistas que prolonguem o protesto nas ruas que está a abrandar Lisboa, Faro e Porto, contra a entrada em vigor da chamada "lei da Uber".
As duas entidades representativas do setor do táxi apelaram hoje para que os profissionais se mantenham em protesto nas ruas, depois de terem estado reunidas com os grupos parlamentares.
Após os encontros no parlamento, já nos Restauradores, local do início do protesto em Lisboa, o presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), Florêncio de Almeida, disse que tanto esta entidade como a Federação Portuguesa do Táxi entendem que o protesto deve continuar.
Os taxistas manifestam-se hoje em Lisboa, Porto e Faro contra a entrada em vigor, a 1 de novembro, da lei que regula as quatro plataformas eletrónicas de transporte que operam em Portugal – Uber, Taxify, Cabify e Chauffeur Privé.
Desde 2015, este é o quarto grande protesto contra as plataformas que agregam motoristas em carros descaracterizados, cuja regulamentação foi aprovada, depois de muita discussão, no parlamento, em 12 de julho, com os votos a favor do PS, do PSD e do PAN, os votos contra do BE, do PCP e do PEV, e a abstenção do CDS-PP. A legislação foi promulgada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no dia 31 de julho.
Os representantes do setor do táxi enviaram à Assembleia da República um pedido para serem hoje recebidos pelos deputados, a quem pediram esta tarde seja iniciado o procedimento de fiscalização sucessiva da constitucionalidade do diploma e que, até à pronúncia do Tribunal Constitucional, se suspendam os efeitos deste, “por forma a garantir a paz pública”. Desta vez, os táxis mantêm-se parados nas ruas e não realizam uma marcha lenta.
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