Grupo Nowo/ONI avança contra a Altice e pede indemnização
A Altice Portugal pediu a insolvência da ONI, empresa do grupo Nowo. Um dia depois da notícia do ECO, a Nowo/ONI assume "perplexidade" e vai tomar "medidas legais" contra a dona da Meo.
A Nowo/ONI diz ter “uma situação líquida positiva, reforçada por um aumento de capital efetuado no primeiro semestre de 2018”. Por isso, garante que ambas as empresas exibem “uma situação financeira estável”. É a resposta do grupo à notícia de que a Altice Portugal pediu a insolvência da empresa de telecomunicações grossista ONI, devido a uma alegada dívida superior a seis milhões de euros. A notícia foi avançada em exclusivo pelo ECO esta quinta-feira.
“A atuação da Altice Portugal não pode deixar de causar perplexidade quando o grupo Nowo/ONI é um importante cliente dos serviços grossistas [da Altice], podendo afirmar-se que, à presente data, existe um equilíbrio entre saldos vencidos reciprocamente”, refere o grupo, num comunicado divulgado esta sexta-feira.
O grupo indica que, depois de ter “tomado conhecimento do pedido de insolvência” da ONI por parte da Altice Portugal, vai avançar com “medidas legais” e pedir o “ressarcimento de todos os danos decorrentes da presente situação”. Além disso, critica a dona da Meo, dizendo que “não se revê neste tipo de atuação”.
“O grupo Nowo/ONI não se revê neste tipo de atuação perfilhada pela Altice Portugal e, suspeitando da motivação que a suporta, com o total apoio dos seus acionistas e demais stakeholders, já iniciou as medidas legais ao seu dispor para a salvaguarda da sua reputação e bom nome no mercado, assim como ao ressarcimento de todos os danos decorrentes da presente situação”, lê-se no comunicado.
A empresa portuguesa de telecomunicações, controlada pelos franceses da Apax, frisa que “sempre pautou a sua conduta comercial e operacional por elevados padrões éticos e total respeito pelas regras da sã concorrência, tendo o cuidado de cumprir as suas obrigações contratuais perante os seus fornecedores, parceiros de negócio e demais instituições com quem se relaciona”. Desta forma, classifica a atuação da Altice Portugal de “atentatória da sua credibilidade comercial”.
"Em mais de 20 anos de atuação no mercado português e internacional, o grupo Nowo/ONI nunca se deparou com uma atuação semelhante, de cariz atentatório da sua credibilidade comercial, por parte de um outro operador do mercado ou parceiro de negócios.”
Como o ECO noticiou em primeira mão, a Altice Portugal requereu a insolvência da ONI na passada terça-feira. Em causa estará uma dívida superior a seis milhões de euros. O processo está a ser conduzido na Comarca de Lisboa.
(Notícia atualizada às 10h18 com mais informações)
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