Bloco de Esquerda pressiona Governo por causa dos professores
A contagem do tempo de serviço dos professores promete se um dos temas mais fraturantes da discussão do Orçamento do Estado para o próximo ano, segundo adianta o Bloco de Esquerda.
A menos de um mês da entrega do Orçamento do Estado no Parlamento, Catarina Martins volta a sublinhar que o Governo precisa de encontrar soluções para a questão da contagem do tempo de serviço dos professores. Em entrevista à TSF, a coordenadora do Bloco de Esquerda garante que, caso não tal aconteça, a aprovação do documento em causa poderá ficar em risco.
Questionada sobre se o ‘sim’ da sua bancada parlamentar à proposta de Orçamento apresentada pelo Executivo de António Costa está dependente de um acordo com os professores, a bloquista adianta: “Tem de haver verba orçamental para descongelar a carreira. E nós não vamos aprovar outra lei, a menos que a direita faça isso e eu espero que não”.
Catarina Martins lembra, neste sentido, que “no Orçamento passado” já constava a necessidade de “descongelar as carreiras tendo em conta o tempo de serviço”, o que acabou por “não ser cumprido”. Portanto, a parlamentar salienta que o “BE não vai aprovar neste Orçamento nenhuma medida que permita ao Governo não cumprir com o que foi aprovado no outro Orçamento”.
A bloquista apela, neste quadro, ao diálogo com os sindicatos, nomeadamente no que diz respeito à possibilidade desse descongelamento ser feito de forma faseada. Recorde-se que os professores exigem a contagem dos nove anos, quatro meses e dois dias em que a carreira específico esteve congelada, propondo o Governo o reconhecimento de apenas dois anos, nove meses e 18 dias.
Todas as pensões vão ser atualizadas, garante BE
Dos professores para os pensionistas, Catarina Martins aproveita ainda para confirmar que, no próximo ano, todas as pensões “vão ter atualizadas”.
Aliás, esse é de resto um dos dossiês que a bloquista refere como prioridade do seu partido: “As linhas vermelhas estão traçadas desde 2015. Não pode haver cortes de pensões e salários, direta ou indiretamente, não pode haver aumento de impostos sobre bens essenciais e não pode haver privatizações”.
Já sobre a eventual repetição da “geringonça”, Martins avança que tudo depende da “relação de forças” e da conjuntura da altura e adianta ” o Bloco vai bater-se para que haja um crescimento da esquerda”, nas eleições do próximo ano.
Quanto à experiência governativa atual, a parlamentar nota que o “acordo está a ser cumprido”, mas enfatiza que só não se tem ido mais longe “por um alinhamento do PS”. A coordenadora do Bloco de Esquerda critica ainda a mudança de postura desse partido, face à aproximação das eleições: “Compreendemos que o PS queira mudar um pouco a sua postura, até porque as eleições se estão a aproximar”.
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