Professores vão continuar as greves durante o ano letivo até que as suas exigências sejam cumpridas
A Fenprof acusa o primeiro-ministro de estar a "liderar um Governo que está fora da lei".
Os professores continuam em greve. Esta terça-feira, pelo segundo dia consecutivo, as manifestações agendadas contra o Governo afetam as escolas de quatro distritos do sul do país: Portalegre, Évora, Beja e Faro.
Em declarações à RTP3, Mário Nogueira, líder da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), afirmou que este ano letivo “vai ser difícil, porque os professores têm direito a que o seu tempo de trabalho seja todo contabilizado”. “Se esta matéria não estiver devidamente resolvida, vamos continuar a luta e as greves”, acrescentou.
Questionado sobre a possibilidade de comprometer o ano letivo e afetar diretamente os alunos, o líder da federação sindical respondeu que os principais afetados são os professores e que a Fenprof tem noção de que a greve “é uma forma de luta extrema”. “Mas, se nem assim o Governo entende, se passarmos para abaixo-assinados, o Governo não vai querer saber nem ligar ao que estamos a fazer”, explicou.
As críticas de Mário Nogueira foram na direção do primeiro-ministro, acusando-o de “liderar um Governo que está fora da lei”. “A lei é clara. O tempo deve ser todo considerado, deve haver negociação do modo e do prazo para a recuperação”, disse.
António Costa mostrou, na passada segunda-feira, “a intransigência e inflexibilidade absoluta de um Governo que, no dia 28 de fevereiro deste ano, teve uma posição ilegal e que, em outubro do mesmo ano, mantém a mesma posição, apesar de ser ilegal”, afirmou Nogueira.
Para já, a greve de professores continua, seguindo-se o centro e norte do país. Na próxima sexta-feira, é a capital que vai receber a manifestação, que irá até ao Ministério das Finanças.
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