Supremo espanhol confirma pena de 4,5 anos de prisão de ex-diretor-geral do FMI
O ex-diretor do FMI tinha sido condenado inicialmente em fevereiro de 2017 pelo desvio de fundos da Caja Madrid, que agora se chama Bankia, entidade que presidiu de 2010 a 2012.
O Tribunal Supremo espanhol confirmou esta quarta-feira a pena de prisão de quatro anos e meio ao ex-ministro da Economia espanhol e antigo diretor-geral do FMI Rodrigo Rato pelo seu envolvimento no escândalo financeiro dos “cartões black” do banco Caja Madrid.
A decisão foi tomada depois de Rodrigo Rato ter pedido um recurso da sentença da Audiência Nacional, um tribunal que trata de casos particulares de corrupção, e que agora tem de formalizar a ordem de execução da sentença para dar entre cinco e dez dias ao ex-responsável do FMI para dar entrada voluntariamente numa prisão. Com 69 anos, tinha sido condenado inicialmente em fevereiro de 2017 pelo desvio de fundos da Caja Madrid, que agora se chama Bankia, entidade que presidiu de 2010 a 2012.
O escândalo dos “cartões black” (negro em inglês, a cor dos cartões de crédito) era um esquema que a Caja Madrid dava aos seus dirigentes e pessoas de confiança, para pagar despesas pessoais sem limite e sem declarar nada ao fisco.
A sentença sustenta que Rato “manteve e desenvolveu um sistema pervertido desde sua origem”, tendo as dezenas de acusados no processo gastado mais de 12 milhões de euros, dos quais 2,6 milhões durante os anos em que Rodrigo Rato dirigiu a instituição.
Rodrigo de Rato foi membro do Partido Popular (direita) que o expulsou na sequência deste escândalo financeiro. O economista foi vice-presidente e ministro da Economia do Governo de José María Aznar, entre 1996 a 2004, e diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), de junho de 2004 até junho de 2007.
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