Importações crescem quase 9%. Paragem da Autoeuropa agrava défice comercial
Em agosto, as exportações de bens subiram 2,6%, em termos homólogos. Já as importações aceleraram 8,6%, agravando-se o défice da balança comercial, mostra o INE.
Em agosto, as exportações de bens subiram 2,6%, em termos homólogos. Já as importações aceleraram 8,6%, agravando-se o défice da balança comercial, mostra o Instituto Nacional de Estatística (INE). A paragem em agosto da Autoeuropa justifica essa quebra.
Tanto as exportações como as importações registaram uma desaceleração em relação ao mês anterior, com esta a ser mais notória nas exportações de bens. Inverteu-se assim a tendência de desagravamento do défice comercial registada em julho. Naquele mês, as exportações portuguesas de bens tinham ultrapassado o ritmo de crescimento das importações. Tinham aumentado, respetivamente, 13% e 11%.
Défice comercial agrava em agosto
Fonte: INE
“O défice da balança comercial de bens foi de 1.709 milhões de euros em agosto de 2018, mais 351 milhões de euros que no mês homólogo de 2017“, diz nesta quarta-feira o organismo público de estatísticas.
Excluindo os combustíveis e lubrificantes a balança comercial atingiu um saldo negativo de 1.124 milhões de euros, correspondente a um aumento do défice de 28 milhões de euros em relação a agosto de 2017. Movimento que resultou de um aumento homólogo de 1,7%, no caso das exportações, e de 1,9% nas importações.
O decréscimo das operações no setor de material de transporte sustenta o agravamento do défice comercial do país. “Destaca-se o decréscimo no Material de transporte (-10,3%), principalmente devido à paragem para férias no mês de agosto de algumas empresas deste setor (que no ano anterior se havia verificado num período do ano distinto)”, explica o INE.
De salientar que a Autoeuropa, um dos principais exportadores portugueses, teve a fábrica de Palmela parada durante três semanas em agosto, mais uma do que no ano anterior. Essa paragem acabou por afetar sobretudo as exportações, mas também as importações em menor medida.
Os fornecimentos industriais (+10,2%) e os combustíveis e lubrificantes (+12,3%) foram os setores que mais positivamente contribuíram para as exportações. Já nas importações, com exceção do material de transporte, todas as grandes categorias económicas registaram aumentos. Neste âmbito, o INE salienta os combustíveis e lubrificantes (+59,2%), “antecipando uma paragem na refinaria de Sines prevista para 2018“.
(Notícia atualizada às 11h30 com mais informação)
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