Os ministros que ganham (e os que perdem) com este Orçamento do Estado
O ECO analisou quais os ministérios que vão ter mais margem orçamental em 2019, e quais os ministros que vão ter menos dinheiro para trabalhar no próximo ano. Saiba quem ganha e quem perde com o OE.
Quem ganha mais com o Orçamento do Estado? E quem perde? A análise da despesa total consolidada por cada ministério permite perceber quem vai ter mais dinheiro para trabalhar no próximo ano, assim como quem viu o orçamento encolher.
Comparando os valores para 2019, inscritos na documentação entregue por Mário Centeno no Parlamento, com as dotações orçamentais inscritas no documento deste ano, há três ministérios em que a aposta vai ser mais forte: Finanças, Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e o do Planeamento e Infraestruturas.
É o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, liderado por Vieira da Silva, o que tem maior dotação orçamental no próximo ano. No Orçamento do Estado, está inscrita uma despesa total consolidada de 20.966,3 milhões de euros. Segue-se o Ministério das Finanças, com uma dotação de 17.816,5 milhões de euros. E, em terceiro, o Ministério da Saúde, da recém-empossada ministra Marta Temido, que tem orçamentada uma despesa total consolidada de 11.013,3 milhões de euros.
Despesa total consolidada por área de governação
As variações percentuais dos vários ministérios permitem apurar em que setor Centeno carregou a fundo no acelerador da despesa. E o ministério que mais ganha face ao ano passado, em termos percentuais, é o… Ministério da Cultura, uma promessa já feita, aliás, pelo primeiro-ministro. ” acultura vai ter o maior Orçamento de semprtes”, disse António Costa no seu discurso sobre o Estado da Nação, em julho. A nova ministra, Graça Fonseca, tem uma despesa orçamentada superior em 79,9% face a 2018, com 127,9 milhões de euros para gerir.
Mário Centeno também vai canalizar mais verbas para o ministério do Planeamento e Infraestruturas, tutelado pelo ministro Pedro Marques, que terá um acréscimo de 37,5% no orçamento face ao ano corrente, para 5.014,4 milhões de euros — um reforço obrigarório para garantir a componente nacional dos projetos financiados por fundos comunitários — e canaliza também mais verbas para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, encabeçado pelo ministro Manuel Heitor, que vê o orçamento crescer 18,6% face a 2018, para 2.764,1 milhões de euros. Manuel Heitor também tinha a promessa feita pelo Chefe do Executivo: “as verbas para a investigação vão atingir 1,5% do PIB”.
Mas é na pasta das Finanças, do próprio ministro Centeno, que se concentra o maior aumento da despesa total consolidada comparativamente com o ano atual. O Ministério das Finanças vê o orçamento ministerial crescer 2.594,5 milhões de euros face a 2018, para 17.816,5 milhões de euros em 2019.
Do lado de quem perde, a pasta da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural é a que perde maior dotação orçamental em 2018. O ministério liderado por Luís Capoulas Santos vê a despesa total consolidada recuar 8% em 2019, na ordem dos 108,9 milhões de euros, para 1.256,5 milhões de euros.
É seguido pelo Ministério da Administração Interna, gerido pelo ministro Eduardo Cabrita, que perde 2,7% de margem, ou 60,7 milhões de euros, para 2.188,7 milhões de euros de despesa total consolidada. São os únicos dois ministérios em que a despesa orçamentada para o próximo ano é inferior à do ano atual.
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