Ginjinha portuguesa entra no Texas, New Hampshire e Tennesse. Fundador espera multiplicar as receitas

  • Lusa
  • 21 Outubro 2018

A marca de ginjinha portuguesa Ginja9 vai chegar a mais 161 lojas nos EUA. A empresa fundada por Alexander Dias prevê multiplicar as receitas da empresa no ano que vem.

A marca de ginjinha portuguesa Ginja9 estará em mais de 100 lojas norte-americanas “nas próximas semanas”, disse à Lusa o fundador Alexander Dias, que fechou contratos para a entrada no Texas, New Hampshire e Tennessee. O licor vindo de Óbidos estará nas 28 lojas da cadeia Total Wine e em mais de 30 outras lojas no Texas, “um dos quatro grandes mercados de álcool nos Estados Unidos” além da Califórnia, Nova Iorque e Flórida.

A marca arrancou no final de 2016 em Los Angeles, Califórnia, onde está disponível em cerca de 30 lojas e é presença assídua nas festas e salões portugueses por todo o Estado. O objetivo agora é “entrar na Total Wine e na BevMo na Califórnia”, o que representará um salto adicional de 161 lojas e “pode acontecer até ao final do ano”.

Alexander Dias está também a negociar a expansão para o Estado do Massachussets, com o distribuidor português Sarmento’s Imports, depois de ter chegado ao Tennessee via Lipman Brothers e ao New Hampshire, “um Estado muito pequeno, mas com uma boa quantidade de portugueses”, através da Horizon Beverage.

A entrada nos novos mercados permitirá à Ginja9 dar um salto significativo na faturação anual, que atualmente se situa em torno dos 100 mil dólares. No próximo ano, a estimativa é que as receitas engordem para 600 mil a um milhões de dólares. O empresário luso-americano está a preparar a primeira ronda de financiamento, que deverá situar-se entre os 250 e 300 mil dólares, para suportar o investimento necessário em marketing, merchandising e equipas nos novos mercados.

A firma de investimento REDangels, sediada em Aveiro, mostrou interesse no negócio e irá decidir em novembro se apoia a startup californiana. A ginjinha é importada de Portugal com produto da Licóbidos, “o único produtor português de ginja de Óbidos que é autossuficiente”, explicou Alexander Dias. “É tudo ginja portuguesa, o que garante sempre a qualidade do produto”, disse, já que o clima da região leva a que o fruto cresça “mais doce que o normal”. O licor é comercializado em garrafa individual ou em caixas com copos de chocolate provenientes da Bélgica.

O interesse na ginjinha por parte dos consumidores norte-americanos disparou nos últimos anos devido à maior exposição turística de Portugal e ao trabalho de divulgação da bebida por parte do Turismo de Lisboa, frisou o empresário. “Com a vaga de turismo que temos tido nos últimos anos tornou-se impressionante”, referiu o luso-americano, indicando que há “milhares de publicações” com a etiqueta “#ginjinha” nas redes sociais. O próximo passo será tentar entrar em bares e restaurantes, “porque aí é que se consegue criar um movimento em relação à bebida”, uma vez que os consumidores provam o cocktail “e querem reproduzir a mesma coisa em casa”. Para já, o restaurante português Adega, em São José, criou um cocktail com uísque, vermute e Ginja9 denominado “Lisboeta”.

A Ginja9 será uma das empresas a estar presente em novembro num evento organizado pela PortugalFoods em Nova Iorque, com o objetivo de promover produtos portugueses para importadores, distribuidores e retalhistas. A marca foi desenhada especificamente para o mercado norte-americano, com a assinatura “Crafted by hand, made with love” [trabalhada à mão, feita com amor]. O 9 foi incluído no nome porque “significa paz e amor em numerologia”.

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