De espelhos retrovisores a “espelhos digitais”. Duas câmaras e dois ecrãs no interior dos carros
Em vez de espelhos retrovisores no exterior do automóvel, são duas câmaras, uma de cada lado, que reproduzem os movimentos que acontecem na lateral do veículo em ecrãs instalados no interior do carro.
A revolução digital de que tanto se tem falado nos últimos anos já se está a fazer sentir em vários setores e o mercado automóvel não é exceção. Nos carros, há elementos bem tradicionais que estão a desaparecer ou, por outro lado, a sofrer algumas transformações. Os retrovisores passam, agora, a ser digitais, a estar no interior dos próprios carros e a possuir uma câmara no lado exterior.
De acordo com o Business Insider (acesso livre, conteúdo em espanhol), a chegada ao mercado do Audi e-tron será um ponto de inversão que marcará o futuro dos espelhos retrovisores. O e-tron é o primeiro carro elétrico desenvolvido pela Audi: um SUV completamente diferente, uma vez que já incorpora retrovisores digitais.
Melhor visibilidade, maior segurança
Em vez dos espelhos retrovisores no exterior do automóvel, passam a existir duas câmaras, uma de cada lado, que reproduzem os movimentos que acontecem na lateral do veículo em ecrãs instalados no interior do carro. Esses ecrãs, OLED (organic light-emitting diode) de sete polegadas, ficam nas portas, mais ou menos ao nível dos habituais retrovisores exteriores, mas no interior do veículo.
As câmaras contam com uma objetiva grande angular, para que captem toda a informação com maior nitidez e eliminem o chamado ângulo morto. As câmaras possuem, ainda, diferentes modos de uso, como, por exemplo, o modo autoestrada e o modo de estacionamento. Outra das vantagens dos retrovisores digitais é que, em dias de chuva ou de neve, os espelhos já não ficam com as gotas de água que comprometem a visibilidade do condutor.
Com os retrovisores digitais, espera-se também uma melhoria significativa ao nível da aerodinâmica. A Audi já disse que o e-tron, apenas com este novo elemento, ganhou dois quilómetros extra de autonomia elétrica.
É de esperar que nos próximos anos o retrovisor passe a ser uma câmara, melhor integrada na própria carroçaria do carro, e que proporcione uma melhor aerodinâmica, segurança e visibilidade. Ainda que a tecnologia utilizada para fabricar estes retrovisores digitais seja mais cara do que a convencional, segundo a publicação norte-americana, num prazo de cinco anos, espera-se que o seu uso se generalize a vários automóveis de luxo e desportivos.
Além do e-tron, da Audi, também outras marcas estão a apostar neste novo modelo de espelhos retrovisores, como é o caso da Lexus, com o ES300H. Contudo, nem todos os mercados vão poder desfrutar desta inovação. Na Europa, a legislação ainda não permite o uso das câmaras e dos “espelhos virtuais”. Já no Japão, os retrovisores digitais prometem chegar para ficar.
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