Eurogrupo espera que Roma apresente novo Orçamento
No que diz respeito ao Orçamento italiano, o Eurogrupo está com a Comissão Europeia, isto é, espera que Roma reveja a proposta dentro dos termos esperados, até dia 13 de outubro.
Depois da Comissão Europeia, também o Eurogrupo defende que Itália deve rever a sua proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, avança o Financial Times. O Executivo de Giuseppe Conte tem até à próxima semana para reenviar o seu plano orçamental a Bruxelas.
À chegada da reunião do Eurogrupo desta segunda-feira, Mário Centeno disse esperar que Itália reveja o seu plano orçamental, apesar da atitude de resistência que tem sido demonstrada por Roma. O ministro das Finanças português e presidente do Eurogrupo adiantou também que o seu homólogo italiano deverá aproveitar a reunião em causa para explicar a sua estratégia aos demais responsáveis europeus.
O responsável francês pela pasta da Economia defendeu também que Itália deve aproveitar a oportunidade dada pela Comissão Europeia no sentido de negociar as despesas incluídos no seu Orçamento do Estado. “A França partilha da avaliação da Comissão Europeia, que ofereceu uma uma mão ao Governo italiano. Acho que seria inteligente aproveitar [essa oportunidade] “, notou o responsável. “O que está em risco é a moeda única”, sublinhou ainda.
Já o comissário europeu para os Assuntos Económicos reafirmou a necessidade do Governo italiano apresentar uma proposta reformulada. “Espero e acredito que a abordagem racional seria termos uma nova proposta orçamental em 13 de novembro”, considerou Pierre Moscovici. “As regras são muito claras: temos de garantir que a dívida italiana não cresce, e que o défice estrutural é reduzido, o que não era o caso da primeira proposta orçamental”, acrescentou.
Numa decisão inédita, a Comissão Europeia decidiu chumbar o Orçamento do Estado italiano. Bruxelas disse ter encontrado no plano apresentado um “incumprimento particularmente grave da recomendação orçamental que foi dirigida a Itália pelo Conselho Europeu de julho deste ano”, notando também que o documento não estava em linha com os compromissos assumido no Programa de Estabilidade.
A Comissão Europeia avisou ainda que, caso Itália não altere o plano, deverá enfrentar uma penalização sob a forma de procedimento por défice excessivo. Ainda assim, o Governo italiano tem mostrado alguma resistência às exigências comunitárias. “O Orçamento foi feito para os italianos, não para Bruxelas”, respondeu o vice-primeiro-ministro Luigi Di Maio. Já o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini foi mais longe, avisando que o Orçamento não será mudado nem que Bruxelas envie “12 cartas”.
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