Passos: “Não podemos deitar foguetes antes de tempo”
O líder do PSD aplaude os bons números da economia, mas diz que não se pode deitar foguetes. Diz que é preciso ver o que está a puxar pelo PIB. E alerta: é preciso investimento.
Portugal cresceu mais do que os seus pares no terceiro trimestre. Registou um crescimento de 0,8% em cadeia e 1,6% na comparação homóloga, números que o líder do PSD vê como positivos. Mas, diz Pedro Passos Coelho, “não podemos deixar foguetes antes do tempo”. É preciso investimento, algo que o partido vai propor para um OE que agora foi aprovado em Bruxelas.
“Não podemos deitar foguetes antes de tempo”, disse Passos Coelho. É preciso “olhar com cuidado para ver o que está a fazer a economia crescer. E ver se isso é sustentável”, alertou. “Se o que está a puxar é as exportações isso é bom”, salientando que, no entanto, essa “não era a estratégia do Governo”.
"É preciso olhar com cuidado para ver o que está a fazer a economia crescer. E ver se isso é sustentável. Se o que está a puxar é as exportações, isso é bom.”
É neste sentido que o ex-primeiro-ministro defende que “é preciso investimento”. “Se mantivermos a capacidade instalada, não podermos crescer mais”, nota. E “esse investimento não está presente na nossa economia“, remata em declarações aos jornalistas.
“É importante introduzir a nível orçamental para haver mais crescimento”, defende, acrescentando que “sem investimento, o crescimento pode não ficar para durar”. Questionado sobre se o PSD vai apresentar propostas nesse sentido, Passos Coelho diz que concentrará “aí [no investimento] uma parte importante das nossas propostas”.
“Achamos que um dos blocos importantes de alteração no Orçamento do Estado pode ter que ver com a parte da capacidade para atrair investimento e melhorar o perfil de capital das empresas para permitir ter acesso a melhor financiamento”, remata, no dia em que Bruxelas deu o seu aval à proposta do Governo.
“A Comissão Europeia deu ‘luz verde’ para o OE possa ser aprovado. Mas chama à atenção para alguns riscos de incumprimento que são efetivos”, diz. Mas “o importante é que o projeto de OE não tenha sido rejeitado. Não é do lado da Comissão Europeia e Bruxelas que o país possa ter o OE aprovado. Isso é sempre positivo. Deve saudar-se que seja assim”, notou.
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