CDS admite “aposentação mais vantajosa” de professores para resolver conflito com Governo
O CDS propõe que seja reaberto o período negocial entre o Governo e os sindicatos dos professores. O partido indica que tem de se ter em conta a sustentabilidade da solução.
O CDS admitiu esta terça-feira que uma saída para o braço de ferro com os sindicatos para a contagem do tempo dos professores poderá ter como “contrapartida uma aposentação mais vantajosa”.
“Seguramente será possível, em sede negocial, encontrar um equilíbrio entre não contabilização da totalidade de reposicionamento para um grupo de professores por contrapartida para uma aposentação mais vantajosa”, afirmou a deputada centrista Ana Rita Bessa, numa conferência de imprensa sobre uma proposta do partido para o Orçamento do Estado de 2018.
O CDS propõe que seja reaberto o período negocial entre o Governo e os sindicatos dos professores, com um artigo igual ao aprovado pela maioria de esquerda para o orçamento deste ano.
A bancada centrista junta um novo número em que pede ao executivo que informe o parlamento do impacto plurianual líquido da solução que vier a ser encontrada, tendo “em conta a sustentabilidade e a compatibilização com os recursos disponíveis”.
Este foi um dos argumentos, da sustentabilidade, para o Governo minoritária do PS recusar a reivindicação dos sindicatos para que sejam contabilizados nove anos, quatro meses e dois dias, e sugerir dois anos, nove meses e 18 dias.
Na conferência de imprensa, a deputada desafiou os partidos – “porque o PS não tem maioria absoluta” – a aprovarem a proposta do CDS, a primeira a ir a votos no debate na especialidade, e criticou as ideias lançadas, “à 25.ª hora”, pelo PCP e pelo BE.
Para Ana Rita Bessa, PCP e BE “vieram à 25.ª hora e a reboque do CDS” fazer um “leilão sobre a única variável que sindicatos tinham indicado não ser critica”, o período de faseamento.
O PCP e o Bloco “foram totalmente inconsequentes nesta matéria e não conseguiram garantir nada do prometeram”, afirmou a deputada, acusando os partidos de esquerda de terem feito propostas para as chumbarem mutuamente e “de caminho” chumbarem também a do CDS.
“Não é sério, não é responsável e só há uma palavra para o descrever, eleitoralismo”, afirmou.
A votação final global do Orçamento do Estado de 2019 está agendada para 29 de novembro, estando prevista o debate na especialidade a partir da próxima semana.
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