Petrolífera Sonangol fica no BCP, palavra de João Lourenço
O presidente de Angola assegurou que a Sonangol vai manter-se no capital do BCP. E esclarece que "nunca nenhuma autoridade angolana disse que a Sonangol se iria retirar dos negócios em Portugal".
O presidente de Angola garantiu, este sábado, a permanência da Sonangol no capital do BCP. João Lourenço afirmou ter sido abordado, esta sexta-feira no Porto, por uma empresa, que estaria muito preocupada com a eventual saída da petrolífera angolana da sua estrutura acionista. João Lourenço revelou ter respondido que poderia ficar “descansada” e, sem nunca se manifestar sobre o nome da entidade, acabou por revelar que se tratava de um banco, ou seja, o BCP. A Sonangol detém 19,49% do capital do BCP.
O encontro entre o presidente angolano e os altos quadros do BCP poderá ter acontecido após o Fórum Económico que teve lugar na Alfândega do Porto, e onde estavam presentes para Miguel Maya e Nuno Amado, presidente executivo e chairman do banco, respetivamente.
Já sobre uma eventual saída da petrolífera estatal angolana do capital da Galp, onde detém indiretamente 15% através da Amorim Energia, João Lourenço garantiu que: “Nunca nenhuma autoridade angolana disse que a Sonangol se iria retirar dos negócios em Portugal”.
Lourenço garante que as orientações dadas à petrolífera, no quadro da privatização, é que esta deve analisar caso a caso de quais se deve retirar. O presidente de Angola diz que a Sonangol está presente em mais de 100 empresas e que a conclusão é que se deve retirar de 52 empresas”.
Questionado sobre a entrevista que deu ao Expresso, no passado sábado, o presidente de Angola esclareceu que estava a falar no geral e nunca se referiu ao caso português.
Na altura, João Lourenço afirmou: “O Executivo já anunciou que a Sonangol deve retirar-se de grande parte dos negócios e das participações em que está envolvida e que não têm muito que ver com o seu core business”. Para mais à frente adiantar: “Não temos nada contra os portugueses do grupo Amorim, antes pelo contrário, mas num casamento deve haver vontade recíproca entre o noivo e a noiva, ambos têm de estar interessados”.
Ainda na mesma entrevista, quando questionado diretamente sobre o BCP adiantou: “Não estou a dizer que vamos sair amanhã. Estou a dizer apenas que a tendência é essa…”.
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