Com greve no porto de Setúbal, Autoeuropa recorre a Leixões para escoar produção
Com a greve no porto de Setúbal ainda dependente da reunião que vai decorrer esta tarde com a ministra Ana Paula Vitorino, a Autoeuropa recorreu ao Porto de Leixões para escoar produção.
A Autoeuropa começou esta segunda-feira a escoar a sua produção através do Porto de Leixões, devido à greve que persiste em Setúbal. A fábrica de Palmela enviou 700 veículos para exportação através deste porto no norte do país.
“A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) iniciou hoje a receção de 700 automóveis provenientes da Autoeuropa“, confirmou a empresa em comunicado enviado às redações.
“Este novo serviço será uma mais-valia para Leixões e para o país, que verá reforçada a sua capacidade exportadora, como para a Autoeuropa, que encontra no nosso porto uma opção eficiente para escoar os seus automóveis”, refere ainda a administração portuária na mesma nota.
A Autoeuropa tem sido afetada pela greve de estivadores do porto de Setúbal que exigem um contrato coletivo de trabalho. O protesto começou a 5 de novembro apenas com os trabalhadores eventuais do porto, mas agora o protesto é mais abrangente. Esta tarde está marcada uma reunião entre a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, com os sindicatos dos estivadores e a administração do Porto de Setúbal, por causa do conflito laboral.
Na semana passada, os estivadores impediram a entrada de um autocarro que transportava trabalhadores para os substituir no carregamento de um navio com viaturas da fábrica da Autoeuropa, mas acabaram por ser retirados por elementos da PSP. A Autoeuropa chegou a ter cerca de cinco mil veículos retidos no porto de Setúbal.
Segundo a administração do porto de Leixões, a infraestrutura portuária “estará até ao final de 2018 capacitada para parquear 5.000 automóveis”, um reforço que visa dar “resposta às necessidades de exportação de automóveis”. Leixões é o principal porto do país em movimentação de carga roll-on/roll-off, “serviço necessário à movimentação de veículos na área portuária”, explica o comunicado. Em 2017, este segmento de carga cresceu 18% em Leixões, registando um movimento de um milhão de toneladas de mercadoria.
(Notícia atualizada)
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