Pequim lidera obtenção de vistos gold
A China é, de longe, o país que mais tem utilizado os vistos gold para investir por cá. Nos últimos seis anos, Portugal captou por esta via 2.281 milhões de euros.
O investimento chinês captado em seis anos de atribuição de vistos gold totalizou em outubro 2.281 milhões de euros, mais de metade do total angariado no período, de acordo com dados dos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Em seis anos – o programa ARI foi lançado em outubro de 2012 –, o investimento acumulado totalizou 4.078.353.443,74 euros, com a aquisição de bens imóveis a somar 3.697.685.750,26 euros. A transferência de capital totalizou 380.667.693,48 euros.
Neste período, o investimento oriundo da China totalizou 2.281.276.471,49 euros, ou seja, mais de metade (55%) do total, tendo sido atribuídas 3.981 Autorizações de Residência para atividade de Investimento (ARI).
A China é, de longe, o país que mais tem utilizado este instrumento para investir em Portugal, seguida do Brasil, que em seis anos investiu 497.119.466,60 euros, num total de 608 vistos gold.
O investimento sul-africano ocupa o terceiro lugar, no ‘ranking’ por nacionalidades, com 165.469.876,59 euros, tendo sido atribuídos 265 ARI.
A Rússia, com um investimento de quase 160 milhões de euros (232 ARI), e a Turquia, com 144 milhões de euros (264 vistos), ocupam o quarto e quinto lugar, respetivamente.
Já nos primeiros 10 meses deste ano, o investimento chinês totalizou quase 220 milhões de euros (393 ARI), o brasileiro somou 110 milhões de euros (135 ARI), a Turquia investiu quase 83 milhões de euros (157), seguida da África do Sul (26 milhões de euros e 47 vistos) e do Vietname (22 milhões de euros e 44 ARI).
Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento, foram atribuídos 6.687 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017 e 1.134 em 2018.
Até outubro, em termos acumulados, foram atribuídos 6.320 vistos ‘dourados’ por via da compra de imóveis, dos quais 215 tendo em vista a reabilitação urbana. Por requisito da transferência de capital, os vistos concedidos totalizam 355 e foram atribuídos 12 por via da criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho.
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