Exportações de bens portugueses para Pequim caíram 17% até setembro
Nos primeiros nove meses do ano, as exportações portuguesas para a China encolheram 17%, fixando-se nos 512,7 milhões de euros. A contrastar, as importações de bens chineses subiram 11,9%.
As exportações de bens portugueses para a China caíram 17% até setembro, face a igual período de 2017, para 512,7 milhões de euros, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em igual período, as importações de bens chineses subiram 11,9%, para 1.737,3 milhões de euros, o que corresponde a um saldo da balança comercial negativo para Portugal em 1.224,6 milhões de euros. No final de setembro, a China era a 13.ª cliente de Portugal e a sexta fornecedora.
No ano passado, as exportações de bens para Pequim totalizaram 841,7 milhões de euros, uma subida de mais de 24% face ao ano anterior, com as importações a aumentarem 12,7% para 2.051 milhões de euros.
Em 2017, o número de empresas exportadoras portuguesas para Pequim totalizava 1.451, mais 71 do que um ano antes. Em 2013 havia 1.111 operadores económicos portugueses a vender bens para aquele mercado. Segundo dados do ano passado, Portugal era o 58.º cliente da China e o seu 63.º fornecedor.
Os cinco principais produtos vendidos para a China até setembro foram: veículos e outro material de transporte; minerais e minérios; pastas celulósicas e papel; máquinas e aparelhos; e alimentares.
Nos primeiros nove meses deste ano, as exportações de veículos e outro material de transporte caíram 30% para 114,3 milhões de euros, representando 28,2% do total das vendas a Pequim.
As exportações de minerais e minérios recuaram 22,6% (para 54,7 milhões de euros), as de pastas celulósicas e papel diminuíram 29,2% (54,3 milhões de euros), as de máquinas e aparelhos desceram 7,5% (52,3 milhões de euros) e as alimentares baixaram 28,8% (43,7 milhões de euros).
Em igual período, os principais produtos importados da China foram máquinas e aparelhos (peso de 35,4%), metais comuns (8,9%), materiais têxteis (8%), químicos (6,2%) e agrícolas (5,3%).
Até setembro, as compras de máquinas e aparelhos provenientes de Pequim totalizaram 615,4 milhões de euros, uma subida de 9,4%, seguida dos metais comuns, que aumentaram 12,2% para 155,4 milhões de euros, e as de materiais têxteis, que cresceram 27% para 139,2 milhões de euros.
As importações de químicos cresceram 17,7% para 107,6 milhões de euros, enquanto as de produtos agrícolas recuaram 3,5% para 91,7 milhões de euros.
No que respeita à balança comercial de serviços de Portugal com a China, as exportações alcançaram no ano passado 229,7 milhões de euros, uma subida de 16,6% face ao ano anterior, e as importações avançaram 15% para 300,6 milhões de euros, o que representou um saldo da balança negativo de 70,9 milhões de euros para Lisboa.
Em 2017, as exportações de bens e serviços de Portugal para a China totalizaram 1.057 milhões de euros, uma subida de 22,9% face ao ano anterior, e as importações aumentaram 13,6% para 1.982 milhões de euros, um saldo da balança negativo para Lisboa em 925 milhões de euros.
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