Rússia e Arábia Saudita vão garantir novo corte de produção petrolífera, segundo Putin

O presidente russo afirmou que o montante ainda não está decidido mas que ambos os países (os dois maiores produtores dentro do atual acordo) vão defender um aprofundamento da estratégia, no dia 6.

A Rússia e a Arábia Saudita vão pedir a extensão do corte de produção petrolífera pelos principais exportadores do mundo, na reunião que vai acontecer esta quinta-feira. Vladimir Putin garantiu que os dois países têm uma estratégia alinhada, apesar de ainda não ser conhecido qual o montante do novo corte. Os preços da matéria-prima sobem após as declarações do presidente russo.

“Ainda não há uma decisão final sobre volumes, mas juntamente com a Arábia Saudita, vamos conseguir”, disse Putin, em declarações citadas pela agência Bloomberg. A certeza deve-se à reunião que teve com o líder saudita, o príncipe Mohammed bin Salman, este fim de semana, à margem do G20.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) — de que a Arábia Saudita é o maior produtor de petróleo — e outro grupo de países exportadores — de que a Rússia é o principal estado — têm atualmente em curso um acordo de cortes de produção, que visa equilibrar oferta e procura com o objetivo de fazer subir gradualmente os preços. Esta quinta-feira, reúnem-se em Viena para debater a estratégia para o próximo ano.

O ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail Al Mazrouei disse também estar otimista sobre um acordo para a redução na produção em 2019. Os preços estão a reagir, esta segunda-feira, com o crude WTI a subir 3,22% para 52,57 dólares por barril e o brent londrino 2,94% para 61,21 dólares.

Ao longo do ano, a diminuição na produção, acompanhada por instabilidade geopolítica, pressionou os preços em alta. No entanto, esta subida acabou por tornar a exploração de petróleo de xisto mais rentável, levando a uma subida deste segmento, em particular nos EUA, e a uma compensação no petróleo que é injetado no mercado.

Na semana passada, o preço do petróleo chegou a negociar abaixo dos 50 dólares. O presidente norte-americano Donald Trump, que tem sido crítico da OPEP e aliados, elogiou a descida. Mas os países do acordo apressaram-se em garantir que iam trabalhar para um novo equilíbrio.

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