CP volta à greve na sexta-feira. Não vai haver serviços mínimos
A CP – Comboios de Portugal alertou esta terça-feira para “fortes perturbações” na circulação de comboios na sexta-feira.
A CP – Comboios de Portugal alertou, esta terça-feira, para “fortes perturbações” na circulação de comboios na sexta-feira, devido à greve, prevendo supressões a nível nacional em todos os serviços. Na paralisação desta sexta-feira, por decisão do Conselho Económico e Social (CES), não haverá serviços mínimos.
Numa informação enviada aos passageiros por email, a CP refere que, “por motivo de greve convocada por diversas organizações sindicais, preveem-se supressões de comboios a nível nacional em todos os serviços no dia 7 de dezembro”.
A transportadora refere que “não serão disponibilizados transportes alternativos” e que permitirá o reembolso no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação, sem custos, para os passageiros já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, InterRegional, Regional e Celta.
“Estes pedidos devem ser apresentados nas bilheteiras ou no formulário de contactos, até 10 dias após terminada a greve”, detalha a transportadora rodoviária.
Por outro lado, os árbitros do CES optaram por não definir serviços mínimos para a greve dos ferroviários, segundo o acórdão disponível na página daquele órgão na internet.
“A conclusão a que se chega é a de que não se afigura adequado, ao abrigo dos critérios constitucionais e legais, a definição de serviços mínimos relativos à circulação das composições de transporte de passageiros, bem como à utilização das respetivas estruturas, por se tratar de uma greve de curta duração, de um dia apenas”, lê-se no acórdão, com a data desta terça-feira.
Os trabalhadores da CP, da EMEF e da Infraestruturas de Portugal (IP) vão fazer uma greve de 24 horas na sexta-feira, em defesa da negociação de melhores condições de trabalho.
“Decidimos fazer esta greve no mesmo dia nas três empresas porque o Governo continua a não dar resposta a uma reivindicação comum que é a de negociar melhores condições para estes trabalhadores”, disse à agência Lusa José Manuel Oliveira, coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes e comunicações (FECTRANS), no dia 20 de novembro.
O sindicalista lembrou, na altura, que o Governo nem sequer está a cumprir os acordos que tinha estabelecido com os sindicatos no sentido de ser desenvolvida uma negociação com vista a dar resposta às reivindicações dos trabalhadores, que têm levado à concretização de várias greves ao longo do ano.
Referiu, como exemplo, o acordo estabelecido em fevereiro para a CP, que previa a negociação de medidas para entrarem em vigor em outubro, mas que não resultou em nada, dado que não houve reuniões entre abril e 14 de novembro, data em que ainda não foram apresentadas propostas.
A greve foi decidida após a realização de plenários em vários pontos do país.
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