Com os investidores céticos quanto às tréguas comerciais, Wall Street abre em terreno vermelho
O acordo de tréguas na guerra comercial entre os EUA e a China, que na sessão anterior impulsionou os ganhos, está agora a deixar algumas dúvidas a pairar sobre os investidores.
Depois de um início de semana em terreno positivo, esta terça-feira as bolsas norte-americanas iniciaram a negociação em terreno vermelho. Isto porque o acordo de tréguas na guerra comercial — que ontem impulsionou os ganhos — está agora a deixar algumas dúvidas nos investidores quanto às datas para a trégua negociada entre os Estados Unidos da América (EUA) e a China.
O S&P 500 abriu a desvalorizar 0,29% para 2.782,23 pontos. O tecnológico Nasdaq, por sua vez, iniciou a negociação a recuar 0,47% para 7.406,41 pontos e o industrial Dow Jones a perder 0,35% para 25.737,15 pontos.
Com os investidores céticos quanto à possibilidade de um avanço real nas negociações comerciais entre os EUA e a China — tendo em conta que o período de tréguas dura apenas 90 dias — as bolsas norte-americanas já começaram a ressentir-se. Depois dos ganhos da sessão anterior, que celebrou o suspender da guerra comercial, agora o índice tecnológico é aquele que mais recua.
O destaque vai para a Apple, que está a cair 2,14% para os 180,86 dólares. A desvalorização das ações da empresa liderada por Tim Cook acontece depois de um dos fornecedores (Cirrus Logic) da gigante tecnológica ter cortado as estimativas de receitas.
“Não está muito claro o que é que foi acordo por ambos os lados, se não apenas uma trégua que é temporária”, disse Scott Brown, economista chefe da Raymond James, em S. Petersburgo, Florida, citado pela agência Reuters.
Na passada noite de segunda-feira, Michael Arone, chefe de investimento estratégico da State Street Global Advisors, também alertou que “há ainda algumas questões muito complicadas que precisam de ser resolvidas” entre as duas maiores economias do mundo. “Ainda temos um longo caminho a percorrer para termos o que é um acordo de negociação entre os EUA e a China”, acrescentou.
Com a maioria das cotadas a reagir negativamente às incertezas, apenas as ações das empresas de energia valorizaram, com os preços do petróleo a subir perante a expectativa de que alguns países exportadores de petróleo anunciem um corte de produção diária de barris, para ajustar a oferta à procura.
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