Quanto custa ter um frigorífico ligado em cada país da Europa?

  • ECO
  • 9 Dezembro 2018

Manter um frigorífico ligado na União Europeia custa uma média de 51,2 euros por ano. Em Portugal, o custo sobe para 56,2 euros por ano.

Portugal é um dos países da União Europeia com os preços de eletricidade mais elevados e isso é notório nas necessidades básicas do quotidiano. Manter um frigorífico ligado durante o ano pode custar menos de 25 euros para quem vive na Bulgária, ou uma média de pouco mais de 50 euros entre os 28 países do espaço comunitário, mas, para sete países, onde se inclui Portugal, este custo é mais elevado do que a média.

Os cálculos são do Eurostat, que dá como exemplo um frigorífico combinado, de categoria A++ e três anos de idade, com um consumo médio de 250 kWh por ano. Com base nos dados dos preços da eletricidade relativos ao primeiro semestre de 2018, o Eurostat calcula que cada família da União Europeia paga, em média, 51,2 euros por ano com o frigorífico. Deste montante, 37% diz respeito a impostos.

Portugal não só tem um custo da eletricidade mais elevado, como é também dos países onde os impostos mais pesam sobre a fatura da eletricidade. Tomando o mesmo exemplo, manter um frigorífico ligado numa casa portuguesa tem um custo de 56,2 euros, dos quais 55% dizem respeito a impostos.

Quanto custa manter um frigorífico ligado?Eurostat

A Dinamarca e a Alemanha são os países onde a eletricidade tem preços mais elevados. Aqui, manter o frigorífico ligado custa 78,2 euros e 73,8 euros, respetivamente, por ano. Bélgica, Espanha e Irlanda são os restantes países onde a eletricidade custa mais do que em Portugal.

Olhando para os preços a nível global, tal como o Eurostat revelou no final do mês passado, Portugal está entre os países europeus onde a energia é mais cara. A fatura suportada pelas famílias com o gás é a quarta mais elevada entre os 28 Estados-membros e, no caso da luz, cai para a sexta posição.

Portugal foi até dos poucos países onde o preço do gás para as famílias registou uma quebra, mas isso não impediu o país de continuar a figurar entre os que apresentam das maiores faturas. É de 8 cêntimos por kWh, apenas superado pela Suécia, Dinamarca e Holanda.

No caso da luz, o preço por kWh é de 22,46 cêntimos, já incluindo impostos. No próximo ano, como avançou o Expresso (acesso pago) na edição deste sábado, esses valores deverão baixar. Segundo semanário, o conselho tarifário da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) vai ter uma reunião extraordinária, na próxima segunda-feira, para analisar uma correção à proposta de tarifas de eletricidade de 15 de outubro. A correção deverá traduzir-se numa descida de 3,5% das tarifas reguladas para as famílias, a vigorar a partir de janeiro.

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