Portugal consegue 4 mil milhões. Paga juro abaixo de 2% em emissão de dívida sindicada
IGCP fez emissão sindicada de dívida a 10 anos, com forte procura e permitiu à República financiar-se em quatro mil milhões a um juro abaixo de 4%. Assim, 25% das necessidades deste ano.
Portugal realizou esta quarta-feira uma emissão sindicada de dívida a dez anos. A operação permitiu um financiamento da República em quatro mil milhões de euros a uma taxa de juro inferior a 2%. Ou seja, Portugal conseguiu assegurar um quarto do financiamento previsto para 2019.
O livro de ordens fechou com uma procura de 24 mil milhões de euros, quase cinco vezes mais do que o “empréstimo” que o IGCP veio a obter do mercado, segundo a agência Bloomberg citada pelo Jornal de Negócios (acesso livre).
Por estas obrigações do Tesouro, Portugal aceitou pagar um prémio de risco (spread) de 112 pontos base, acrescida da taxa mid swap do euro na mesma maturidade, que está a cotar esta quarta-feira nos 0,8217%. Feitas as contas, a taxa de juro final desta emissão sindicada ficará abaixo de 2%, ligeiramente acima da taxa da dívida a dez anos no mercado secundário.
Num comunicado, onde dá detalhes sobre a operação de financiamento, o IGCP revela que o país beneficiou de “condições de mercado favoráveis” e de uma “forte” procura na Europa, “especialmente no Reino Unido, França, Itália, Espanha e Portugal”. O IGCP garante ainda que essa procura foi “diversificada por tipo de investidor”, com a maioria das obrigações a serem subscritas por gestores de fundos, bancos, seguradoras e fundos de pensões.
Resultados finais da emissão de obrigações
O IGCP recorre, como é habitual, a um sindicato bancário para realizar a primeira operação de financiamento do ano, em que é aberta uma nova linha de obrigações que servirá de referência para o prazo a dez anos. Para este ano prevê realizar emissões de obrigações no valor de 15,8 mil milhões de euros, sendo a principal fonte de financiamento da República em 2019. Com a operação desta quarta-feira, o IGCP já assegurou um quarto do montante necessário.
Parte deste financiamento ficou já assegurado com operação desta quarta-feira que contou com o apoio de um sindicato bancário formado por BBVA, BNP Paribas, Citi, Credit Agrícole, Morgan Stanley e Novo Banco.
(Notícia atualizada pela última vez às 12h13 de quinta-feira com os últimos dados enviados pelo IGCP)
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