Theresa aumenta a pressão: “É mais provável não haver Brexit do que uma saída da União Europeia sem acordo”
Perante uma possível rejeição terça-feira no Parlamento, a primeira-ministra britânica admite que estão dois cenários em cima da mesa: "um Brexit sem acordo" e "não haver Brexit de todo".
A primeira-ministra britânica está confiante na aprovação do acordo negociado pelo Governo, por parte do Parlamento britânico. E sobre uma possível saída do Reino Unido da União Europeia (UE) mais “abrupta”, Theresa May diz que “é mais provável não haver Brexit do que uma saída da União Europeia sem acordo”.
Durante um discurso em Stoke-on-Trent (Inglaterra), a primeira-ministra britânica disse que os deputados têm o “dever de implementar o resultado do referendo”. “Sem Brexit estaremos a enviar uma mensagem de que as vossas vozes não são ouvidas”, continuou, dirigindo-se aos cidadãos de Stoke-on-Trent, o eleitorado que mais defendeu o Brexit.
“Travar a saída do Reino Unido seria catastrófico”, referiu May, acrescentando que, por outro lado, uma saída sem acordo criaria uma “turbulência incrível para a economia” britânica. Contudo, Theresa May não nega que estas alternativas estão mesmo em cima da mesa. Isto caso o acordo seja rejeitado terça-feira, no Parlamento.
Perante uma possível rejeição, existe, por um lado, um cenário de “um Brexit sem acordo” e, por outro lado, “o risco de não haver Brexit de todo”. Este último, sobre a não concretização do Brexit, está, na sua opinião, a aumentar, mas Theresa May salienta que alguns deputados, que antes tinham algumas dúvidas sobre o acordo, “reconhecem agora a sua importância”.
A melhor alternativa é, no entanto, para a primeira-ministra, “um bom acordo”, que relembra que este é o “único acordo na mesa” e que será votado amanhã à noite. “Este é o melhor acordo possível e merece apoio. Ninguém apresentou um melhor”, afirmou.
“Quem não quer uma saída sem acordo tem de concordar com este acordo. É isso que temos de ter em mente”, referiu, reforçando que o mais importante neste momento é que se leve o Brexit a cabo. “É isso que temos de fazer e que queremos que os membros do Parlamento reconheçam”, continuou.
Perante a importância do período de transição, negociado no acordo para garantir uma saída “ordeira e suave”, May disse que a União Europeia está disponível para adiar a saída do país até ao próximo mês julho, caso o Governo britânico peça. Contudo, a primeira-ministra acredita que dia 29 de março será, de facto, a concretização do Brexit.
“Não acredito que vamos estender o Artigo 50.º, nem num segundo referendo”, referiu. “Vamos sair [da UE] dia 29 de março”, acrescentou.
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