Banco de Portugal admite rever idoneidade de gestores da Caixa
A abertura de processos de contraordenação estará excluída, uma vez que alguns dos factos ocorridos já estarão prescritos. O regulador vai concentrar-se nos processos de avaliação de idoneidade.
O Banco de Portugal está a analisar a auditoria da EY à gestão feita na Caixa Geral de Depósitos (CGD) entre 2000 e 2015, para avaliar se irá rever a idoneidade de antigos gestores do banco público que ainda estejam em funções em instituições financeiras. A notícia é avançada, esta quinta-feira, pelo Correio da Manhã, que cita fontes do setor.
O mesmo jornal refere que deverá estar excluída a abertura de processos de contraordenação por parte do supervisor, uma vez que alguns dos factos ocorridos durante o período em análise já estarão prescritos. O regulador concentra-se, por isso, nos processos de avaliação de idoneidade.
Dois antigos gestores que integraram a administração da Caixa durante este período já foram impedidos pelo Banco de Portugal de ocuparem cargos em órgãos sociais de instituições financeiras: Norberto Rosa e Pedro Cardoso. Há outros casos em que o regulador está a analisar a possibilidade de avançar com processos de averiguação da idoneidade de ex-gestores da CGD ainda no ativo. A instituição liderada por Carlos Costa não faz, contudo, quaisquer comentários sobre este assunto, não revelando quais os nomes que poderão vir a ser alvo de processo.
O Banco de Portugal, acrescenta o Correio da Manhã, deverá ter em conta o princípio da proporcionalidade, ou seja, com base nas conclusões da auditoria, verificará a responsabilidade de cada ex-gestor no processo de tomada de decisão e os pelouros que eram da sua responsabilidade.
Há 17 antigos gestores da Caixa que ainda estão em funções no setor financeiro, alguns dos quais mantêm-se mesmo na CGD.
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