Tensão na Venezuela. Guaidó convocou “maior marcha da história da Venezuela”
A Venezuela está divida e este sábado milhares de pessoas saíram às ruas, umas para se manifestarem contra Maduro, outras, a menos de oito quilómetros, para apoiarem o Presidente.
A Venezuela está divida e este sábado milhares de venezuelanos voltaram a sair às ruas para se manifestarem contra o Presidente Nicolás Maduro. Em Caracas, capital do país, e também noutras cidades de vários países estão a decorrer protestos para exigir eleições livres. Juan Guadó pediu aos venezuelanos a “maior marcha da história da Venezuela”, avança o jornal La Nacion (acesso livre, conteúdo em espanhol).
Através do Twitter, o autoproclamado presidente interino apelou à participação dos venezuelanos nos protestos, que pretendem “insistir na entrada da ajuda humanitária” e na “caminhada até à liberdade”. Noutra publicação, Guaidó pediu aos venezuelanos para mostrarem a sua força, de uma forma pacífica e organizada.
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No mesmo dia em que decorre a manifestação, o General da Força Aérea da Venezuela, Francisco Yanes, desmarcou-se de Maduro. Yanes disse que já não reconhece “a autoridade ditatorial” do Presidente Nicolás Maduro e prometeu, assim, fidelidade ao autoproclamado presidente interino Juan Guaidó, num vídeo divulgado nas redes sociais, avança o jornal venezuelano El Nacional (acesso livre, conteúdo em espanhol).
Ao mesmo tempo, a cerca de oito quilómetros dos protestos em Caracas, acontece uma manifestação — ainda que com menor expressão — de apoio a Nicolás Maduro, que deverá, ainda hoje, fazer uma declaração à população.
Os protestos convocados por Guaidó, no dia do 20.º aniversário da Revolução Bolivariana, prosseguem, também, “em redor do mundo”, inclusive em Portugal. De acordo com a RTP 3, Lisboa, Porto, Aveiro, Faro e Funchal estão na rota dos protestos de apoio a Juan Guaidó.
A crise política na Venezuela, onde vivem cerca de 300 mil portugueses ou lusodescendentes, vem somar-se a uma grave crise económica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo revelam os dados da Organização das Nações Unidas.
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