PS diz que pedido de exoneração de Carlos Costa é “precipitado”
O deputado socialista João Paulo Correia tem "suspeitas" quanto à conduta de Carlos Costa quando foi administrador da CGD. Mas diz que é "precipitado" pedir a sua exoneração do Banco de Portugal.
O PS tem “suspeitas” quando à conduta de Carlos Costa quando foi administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD) entre 2004 e 2006, mas considera que é “precipitado” pedir a sua exoneração do cargo de governador do Banco de Portugal.
“Temos obviamente suspeitas sobre a sua conduta mas temos de aguardar que os inquéritos sejam concluídos e que apontem responsáveis e responsabilidades”, afirmou o deputado socialista João Paulo Correia à TSF (acesso livre)
“Seria muito precipitado avançar já com uma conclusão antes de iniciarmos o próprio inquérito parlamentar. A proposta de exoneração surge aqui como uma desvalorização”, disse ainda o vice-presidente da bancada parlamentar do PS.
"Seria muito precipitado avançar já com uma conclusão antes de iniciarmos o próprio inquérito parlamentar. A proposta de exoneração surge aqui como uma desvalorização.”
O Bloco de Esquerda apresentou esta segunda-feira um projeto de resolução para a Assembleia da República recomendar ao Governo a exoneração do governador do Banco de Portugal, isto na sequência das notícias que dão conta de que Carlos Costa participou nas reuniões do banco público que aprovaram financiamentos aos empresários Joe Berardo e Manuel Fino e ainda ao projeto de Vale de Lobo. Estes empréstimos constam da lista dos grandes créditos em situação de incumprimento e que geraram perdas de milhares de milhões para a CGD.
“Quem neste país pode garantir que Carlos Costa tem idoneidade para ser governador do Banco de Portugal? Ninguém pode, nem o próprio Banco de Portugal que não vai avaliar Carlos Costa. Um governador que está sob suspeita de idoneidade por princípio não reúne as condições para se manter no cargo”, afirmou Mariana Mortágua na apresentação do projeto de resolução esta segunda-feira.
Carlos Costa foi administrador com o pelouro do marketing e internacional da CGD entre 2004 e 2006 e já pediu escusa das decisões do supervisor em relação às conclusões da auditoria da EY sobre os atos de gestão no banco do Estado.
Para João Paulo Correia, a audição a Carlos Costa surge assim como “fundamental para dissipar dúvidas ou confirmar suspeitas que foram expostas pela auditoria”.
E adiantou que “só a partir daí é que estaremos em condições de ir mais longe na nossa apreciação”.
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