Supremo condena BCP por venda enganosa de obrigações da PT
O Supremo Tribunal de Justiça confirmou a decisão dos tribunais de primeira e segunda instância de condenar o Millennium bcp por venda enganosa de produtos financeiros.
Após a primeira instância e o Tribunal da Relação, chega a vez de o Supremo Tribunal de Justiça confirmar que o Millennium bcp realizou vendas enganosas aos seus clientes de obrigações da Portugal Telecom, avança o Jornal Económico (acesso pago) nesta sexta-feira.
A decisão do Supremo Tribunal de Justiça é datada de dezembro de 2018 e respeita a uma ação concreta interposta por um cliente do BCP que, em 2012, constituiu aquilo que seria um depósito a prazo, mas afinal tratava-se de um investimento em obrigações da Portugal Telecom. Em causa, um depósito com maturidade a quatro anos e taxa fixa de 6,25%, para o qual entregou cerca de 60 mil euros ao banco.
Mas quando quatro anos depois foi levantar o dinheiro, o cliente soube que afinal tinha subscrito obrigações da operadora de telecomunicações que na altura estavam bloqueadas e acabariam por ser suspensas pela CMVM, suspensão que ainda não foi levantada.
O Supremo Tribunal de Justiça vem assim confirmar que o banco atualmente liderado por Miguel Maya procedeu a vendas enganosas de produtos financeiros, violando, dessa forma, o dever de informação aos seus clientes que lhe estava imposto por lei.
Os intermediários financeiros têm “particulares deveres de diligência e de boas práticas negociais, por forma a defenderem os direitos dos respetivos clientes”, deveres que o banco não respeitou, diz a instância mais alta da Justiça em Portugal.
Caberá agora ao BCP devolver ao seu cliente o valor investido, mais os juros contratados e, ainda, cinco mil euros a título de indemnização por dano não patrimonial, adianta o Jornal Económico.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Supremo condena BCP por venda enganosa de obrigações da PT
{{ noCommentsLabel }}