Presidência do Eurogrupo é “reconhecimento” do trabalho do Governo, diz Centeno
O ministro das Finanças português e presidente do Eurogrupo defende conquista do espaço político aos populistas que "exploram o espaço da impaciência e da abstenção".
O atual Governo socialista é “obreiro em Portugal” de um “percurso inigualável na Europa” e a presidência do Eurogrupo, hoje exercida pelo ministro português das Finanças, é o “reconhecimento” disso mesmo. Quem o defende é o próprio Mário Centeno, que falou, este sábado, na convenção nacional do PS, a decorrer em Vila Nova de Gaia.
“A economia da Zona Euro cresce há 22 trimestres consecutivos e Portugal cresce mais do que Zona Euro. Foram criados nove milhões de postos de trabalho na Zona Euro e Portugal lidera esse crescimento. O sistema financeiro e os bancos encontram-se mais capitalizados e mais fortes, o que também é verdade em Portugal. A dívida pública prossegue uma trajetória descendente, com níveis mais sustentáveis, e Portugal acompanha todo esse trajeto”, afirmou Mário Centeno.
É perante este cenário que considera que a Europa está a reconhecer o trabalho do Governo português. “O Governo do PS é obreiro, em Portugal, deste percurso inigualável na Europa. A presidência do Eurogrupo que hoje exerço é também o reconhecimento desse trabalho“, frisou o ministro das Finanças.
Centeno aproveitou o discurso para defender também a conquista do espaço político aos populistas. “Não podemos deixar o discurso político para os que apelam ao ressentimento e ao populismo. Os populistas das ideias fáceis e miragens inalcançáveis exploram o espaço da impaciência e da abstenção. Os progressistas da Europa devem fazer de novo suas as causas do crescimento inclusivo e que conta com todos”, sublinhou, acrescentando que “as causas da justiça económica e social são um princípio basilar da Europa e do euro”.
“Está nas nossas mãos seguir o caminho das reformas e da integração que nos trouxe prosperidade. Mas essa prosperidade não é de ontem nem é de hoje, mas dos últimos 50 anos na Europa. Não foi a austeridade que fez a Europa, foi a solidariedade, foi a partilha de sonhos, foram as conquistas sociais. Temos de reiniciar o processo de convergência e o crescimento inclusivo”, referiu ainda.
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