Pedidos de ajuda de famílias muito endividadas agravaram-se em 2018
Primeiros dados de 2019 envolvendo créditos recentes são "muito preocupantes".
O número de famílias muito endividadas a pedir a ajuda ao Gabinete de Proteção Financeira da Deco subiu para 29.350 no ano passado, mais 350 pedidos do que em 2007 e muitos mais do que há dez anos (em 2008 foram 8.758), escreve esta quarta-feira o jornal Público [acesso condicionado].
De acordo com o diário, o aumento do número dos pedidos de ajuda “surpreende pela negativa”, assim como os dados que dão conta do crescimento da taxa de esforço ou seja, a percentagem do rendimento que é utilizada para pagar os empréstimos. Este indicador atingiu os 80%, mais cerca de 10 pontos percentuais do que no mesmo período de 2017.
Segundo a Deco, o rendimento médio das famílias que pediram ajuda é de 1.150 euros, menos 50 do que em 2017, tendo o valor médio das prestações do empréstimo subido de 850 para 924 euros.
Além dos dados pouco animadores de 2018, nas primeiras semanas de 2019 o cenário não mudou: dados da Deco acrescentam que há famílias que, nos primeiros dois meses do ano, não conseguem pagar empréstimos recentes, contraídos em 2018. “Há indícios de que as famílias já não apresentavam condições para ter acesso a esses créditos”, o que demonstra que as novas contratações de crédito “não estarão a ser feitas de forma responsável”, escreve o jornal.
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