20% do trabalho em Portugal é precário
Os portugueses, em conjunto com os polacos e espanhóis, são os mais afetados com a precariedade laboral na Europa, segundo um relatório da Organização Internacional do Trabalho.
Portugal, Espanha e Polónia são os países da Europa com maior precariedade laboral. A conclusão é do relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), “Emprego atípico no mundo”, que alerta para este aumento nos países industrializados.
As formas de emprego atípicas, como o trabalho temporário ou a tempo parcial estão a aumentar na Europa e Portugal é um dos campeões nesse aspeto, nomeadamente em setores de atividade que, tradicionalmente, ofereciam condições de trabalho estáveis aos seus trabalhadores. Algumas das razões apontadas pela OIT para este aumento é o crescimento do setor dos serviços face ao da indústria e agricultura, os avanços tecnológicos e as alterações das estratégias organizacionais das empresas. Neste último aspeto, o OIT refere que a crise económica da última década, que afetou países como Portugal, também explica o aumento da precariedade, com as empresas a adotarem medidas de redução dos custos
A média de trabalho precário nos países europeus é de 12,3%. No entanto, países como Portugal, Espanha, Polónia, Eslovénia e Holanda registam uma taxa de mais de 20%. Os jovens são os mais afetados devido ao facto de não conseguirem encontrar um emprego permanente.
Entre o ano 2000 e 2015, mais de 75% dos contratos de trabalho foram considerados precários pela OIT. Com a mesma taxa encontram-se também Espanha, Eslovénia e Grécia. O trabalho precário tem várias consequências, tanto para as empresas, como para os trabalhadores e para a própria economia social, traduzindo-se numa diminuição da inovação, desaceleração da produtividade, risco no que toca à sustentabilidade dos sistemas de Segurança Social, dificuldades em aceder a créditos e adiamento na decisão de constituir família.
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