Família Sonae liderada ganhos num PSI-20 a verde

A bolsa de Lisboa fechou em alta, em linha com as principais pares europeias. Com António Mexia a ser ouvido no Parlamento, a exceção foi a EDP, que recuou 0,8%.

A bolsa de Lisboa fechou esta terça-feira em terreno positivo, em linha com as principais praças europeias. O PSI-20 avançou 0,21% para 5.163,89 pontos, com as empresas do grupo Sonae a liderarem os ganhos no índice. A contrariar a tendência esteve a EDP, cujo CEO se encontra no Parlamento para uma audição na Comissão Parlamentar de Inquérito às rendas energéticas.

António Mexia está, esta terça-feira, na Assembleia da República para responder aos deputados da comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade. O presidente executivo da EDP, arguido no processo dos CMEC (custos de manutenção do equilíbrio contratual), está a explicar o papel da elétrica nas decisões que foram tomadas no setor energético, no âmbito da cessação antecipada dos anteriores contratos de aquisição de energia (CAE) e consequente transição para os CMEC.

Em bolsa, a elétrica perdeu 0,88% para 3,1720 euros por ação. A única outra empresa do PSI-20 a fechar no vermelho foi a NOS, que perdeu 0,56% para 5,31 euros por ação. A EDP Renováveis, que vai apresentar resultados esta quarta-feira antes da abertura do mercado, fechou inalterada com os títulos a cotarem nos 8,27 euros.

Investidores aplaudem lucro da Corticeira Amorim

A tendência no índice foi, no entanto, outra com a generalidade das cotadas a registarem ganhos. A liderar estiveram a Sonae, que valorizou 2,04% para 0,925 euros, e a Sonae Capital, que subiu 1,32% para 0,87 euros. Todo o setor do retalho beneficiou da notícia de que o Marks and Spencer estaria a negociar a criação de um serviço online de entregas em parceria com a Ocado. Entre os pesos-pesados, a concorrente Jerónimo Martins ganhou apenas 0,04% para 13,10 euros e o BCP avançou 0,21%.

A Galp valorizou 1,03%, num dia de subida para os preços do petróleo. O brent negociado em Londres valoriza 0,93% para 65,36 dólares por barril, enquanto o crude WTI negociado em Nova Iorque avança 0,50% para 55,76 dólares.

A Corticeira Amorim esteve esta terça-feira a reagir às contas apresentadas antes da abertura do mercado. A empresa liderada por António Rios de Amorim fechou o ano passado com lucros de 77,4 milhões de euros (mais 6% que no período homólogo) graças a um crescimento de quase dois dígitos nas receitas. Vai propor o pagamento de um dividendo de 18,5 cêntimos, o mesmo valor pago no ano passado, sendo que em dezembro entregou uma remuneração extraordinária. As ações ganharam 0,96% para 9,46 euros.

Corticeira Amorim sobe 1%

Brexit pressiona ações britânicas

“As bolsas europeias encerraram em alta, com os investidores a reagirem aos dados publicados nos EUA e aos desenvolvimentos relacionados com o Brexit”, explicaram os analistas do BPI, numa nota de fecho do mercado. Na Europa, o sentimento também foi positivo. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,5%, enquanto o alemão DAX ganhou 0,4%, o francês CAC 40 ganhou 0,3%, o espanhol IBEX 35 valorizou 0,1% e o italiano FTSE MIB ganhou 0,11%.

“De facto, a Primeira-Ministra britânica admitiu pela primeira vez a possibilidade de adiar a saída do Reino Unido da União Europeia, dando aos deputados três opções: ou aprovam o acordo de saída já negociado com Bruxelas, ou o adiamento do Brexit ou uma saída desordenada da União Europeia”, sublinharam.

Neste cenário, o índice britânico FTSE 100 contrariou a tendência europeia e fechou a perder 0,4%, enquanto os juros da dívida britânica a 10 anos agravaram-se 3 pontos, para 1,20%. No mercado cambial, a libra esterlina registou fortes valorizações, de 1,20% contra a par norte-americana. Já o euro aprecia-se 0,12% para 1,1372 dólares.

(Notícia atualizada às 17h05)

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