Pagar pelas transferências MB Way? SIBS diz que a decisão é dos bancos
A presidente da SIBS diz que, atualmente, as transferências feitas com o MB Way não são cobradas, mas é aos bancos que compete decidir onerar ou não estas operações aos seus clientes.
“É do foro comercial de cada um dos bancos”. Foi desta forma que Madalena Cascais Tomé respondeu relativamente à cobrança ou não das transferências efetuadas através do MB Way. A reação da CEO da SIBS surge depois de o BPI ter anunciado que vai passar a cobrar as transferências feitas através da app MB Way.
No início de fevereiro aquando da atualização do seu preçário, o BPI deu conta que a partir de 1 de maio vai passar a cobrar 1,20 euros por transferências que se realizem através da app MB Way, mas isentando as que fossem efetuadas através da app do próprio banco.
Essa situação fez surgir a dúvida se as transferências MB Way iriam ou não passar a ser cobradas. Madalena Cascais Tomé procurou esclarecer todas as dúvidas, esta terça-feira, num encontro com jornalistas que serviu para apresentar o SIBS API Market, uma plataforma que permite o desenvolvimento de serviços de pagamentos ao abrigo da diretiva europeia de serviços de pagamentos PSD2.
A responsável da SIBS começou por explicar que as operações efetuadas através do MB Way “são, na sua essência, gratuitas, com exceção das transferências cujo tarifário é da responsabilidade dos bancos”.
Relativamente ao posicionamento da entidade responsável pela gestão da rede multibanco, Madalena Cascais Tomé fez questão de frisar ainda que o MB Way “procura ser o mais transparente possível naquilo que é a comunicação das suas condições comerciais que os clientes têm contratadas com o seu banco”.
“Cada vez que for realizada uma transferência, para além do cliente ter de consultar as condições que o cliente tem contratadas com o seu banco, tem nesse momento também a indicação da isenção ou não da cobrança daquela transferência”, concretiza a CEO da SIBS.
A responsável fez ainda questão de salientar que atualmente, os 22 bancos que participam no MB Way ainda isentam as transferências feitas através deste serviço, apesar de no seu precário já poderem ter referido o custo, acrescentando que a decisão de passar a cobrar é desses mesmos bancos. “Isso é algo que é do foro comercial de cada um dos bancos“, especificou.
Questionada sobre se receia que a cobrança do MB Way possa levar os consumidores a perderem interesse neste serviço, Madalena Cascais Tomé disse não acreditar nessa possibilidade. “O MB Way é hoje em dia a wallet preferida dos portugueses. É uma wallet muito completa que tem um conjunto muito alargado de operações e, portanto, tem uma grande conveniência na sua utilização”, disse relativamente às virtudes do produto que disponibiliza aos bancos e clientes.
“Acredito que os portugueses continuarão a utilizar a aplicação MB Way ou as funcionalidades MB Way que começam a estar também integradas nos canais dos vários bancos”, acrescentou, salientando que o objetivo da aplicação “é ser o mais conveniente possível” e dizendo acreditar que “cada vez mais o MB Way é um substituto integral da carteira”.
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