Está a chegar a feira de turismo da BTL. Este ano vai ser “a maior de sempre”
Arranca quarta-feira a Bolsa de Turismo de Lisboa, no Parque das Nações, a maior feira de turismo do país. Esta edição, que decorre entre 13 e 17 de março, será "a maior de sempre", diz a diretora.
A BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa começa na quarta-feira, agora com quatro pavilhões, e a diretora da feira garante à Lusa que, superando expetativas, esta edição “será a maior de sempre”.
A edição de 2019 daquela que é a maior feira do setor do turismo em Portugal vai decorrer entre 13 e 17 de março, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), no Parque das Nações, sendo, como habitualmente, dedicada aos profissionais nos primeiros dois dias e abrindo ao público em geral na sexta-feira às 17h00. Tal como já tinha sido anunciado, a BTL volta a ter, “ao fim de quatro ou cinco anos, novamente os quatro pavilhões da feira”, lembrou Fátima Vila Maior. Espaços esses que estarão “cheios de empresas” e que, segundo a responsável, já ser possível dizer que esta vai ser “a maior BTL de sempre”.
“E, por isso, estamos muito contentes. Os grandes crescimentos [de presença na feira] tiveram a ver com setores, nomeadamente, como a promoção do território, mais empresas de animação, mais câmaras municipais e entidades promotoras de turismo das várias regiões. [Há] outros segmentos que não tínhamos trabalhado, nomeadamente, o segmento BTL Cultural — que é uma estreia –, e o BTL Lab, que tem a ver com novos formatos ao nível do setor do turismo onde estão enquadrados toda a parte do digital e que introduzimos pela primeira no ano passado, e que este ano também duplicou de área”, explicou a responsável.
“É para nós muito gratificante, ao fim de vários anos, termos uma BTL que, não só superou as nossas expectativas de aquisição, como é a maior BTL de sempre”, reforçou Fátima Vila Maior.
A diretora da BTL referiu ainda considerar “interessante” o facto de “cada vez mais” a BTL ter “empresas ligadas ao setor do turismo não necessariamente dos segmentos do transporte e do alojamento, mas de “várias áreas, sobretudo, que acabam por constituir o pacote de oferta turística”. Exemplo disso, é a “área dos museus”. Até esta edição, “grande parte dos museus e património cultural vinham, normalmente, integrados dentro do território, e pela primeira vez estão sozinhos, digamos assim, com uma programação própria (…)”.
Outro exemplo de crescimento são as empresas na área da animação turística, que, segundo a responsável, “estão cada vez mais aptas para criar conteúdos” para que os turistas quando saem, nomeadamente, para o interior do país, tenham opções no turismo náutico, ecoturismo, etc. “Felizmente temos assistido à criação destas empresas que são essenciais para a criação da oferta turística”, disse Fátima Vila Maior.
Em 28 de fevereiro, no Seixal, a diretora da BTL tinha afirmado esperar que “cerca de 70 mil visitantes” viessem a passar pela feira este ano, um número que, ainda assim, diz agora acreditar possa ser ultrapassado. “No mínimo vamos ter o mesmo número [de visitantes que em 2018] (…). A única coisa que quero ressaltar é que em termos de profissionais, não são esperados muito mais”, não há “uma elasticidade infinita”, e estes costumam sempre ir à BTL, explicou.
Já “relativamente ao público poderá haver alguma flutuação, mas não gosto muito é de empolar os números porque os objetivos da BTL para o fim de semana, para o público, é, por um lado, dar condições aos visitantes para virem cá ter experiências, para conhecerem melhor o nosso país, para conhecerem melhor a oferta que existe internacionalmente. É um dia bem passado com a família. E, por outro lado, é poder ter a possibilidade de virem cá e em primeira mão comprarem a preços mais apetecíveis para as suas férias, quer desde já para a Páscoa, quer nas próximas férias“, acrescentou.
Fátima Vila Maior garante que o que pretendem é que não “haja grande enchente”: “Queremos que venham as pessoas certas, mas queremos que tenham o mínimo de condições para andarem a ver e para poderem sentar-se calmamente ao pé de um agente de viagens e poderem comprar as suas férias sem ser com aquela pressão de serem 500 mil pessoas”, exemplifica. A responsável diz que, por isso, esperam “mais ou menos o mesmo número de pessoas de 2018”, admitindo, no entanto que “provavelmente” vão até ter mais.
No espaço da FIL, o pavilhão um abre com Lisboa, o destino nacional convidado na edição de 2019, e conta com as restantes regiões de Portugal (Alentejo, Algarve, Norte, Centro, Açores e Madeira). Já a entrada do pavilhão dois está reservada para o Seixal, o município convidado deste ano, o qual tem procurado desenvolver a vertente turística, promovendo a baía integrada no estuário do Tejo e a extensa frente ribeirinha.
Ainda neste pavilhão, além da BTL cultural — uma parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, que conta com a participação de outras organizações culturais, como a Fundação Serralves, o MAAT, a Fundação Berardo e o Centro Cultural de Belém — e dos outros municípios, estará também localizada a animação turística e a gastronomia. No pavilhão três vai estar localizada a BTL LAB, que representa a inovação no turismo e dá a conhecer 40 ‘startups’.
Por fim, no pavilhão quatro encontram-se as agências de viagens e destinos internacionais, destacando-se algumas novidades como Goa — que este ano vem diretamente (a Índia já costumava estar presente) ou as Seychelles, por exemplo. Macau é o destino internacional convidado. De acordo com a responsável, entre 13 e 14 de março volta a decorrer o programa de hosted buyers, “que tem trazido à BTL cerca de 200 a 300 tours operadores internacionais” para conhecer a oferta do país, e, no fim de semana, entre 15 e 17 de março, terá a bolsa da empregabilidade, “com mais de dez mil ofertas de emprego na área do turismo”.
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